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Ibovespa Futuro abre em queda com meta fiscal no radar e à espera de Haddad e Powell

No Brasil, ainda repercute a proposta do governo para meta de superávit primário

Camille Bocanegra

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera com queda nos primeiros negócios desta terça-feira (16), com investidores atentos às declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Washington.

O ministro fará pronunciamento na abertura de evento sobre finanças sustentáveis e tem outro compromisso na Câmara de Comércio dos EUA, com o tema “Investindo na América Latina, as reformas econômicas do Brasil”.

Por aqui, ainda repercute a proposta do governo de meta de superávit primário zero para 2025, considerando a redução do esforço fiscal para o cumprimento. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também em Washington, abordou o tema, destacando que a mudança da meta fiscal não seria o ideal e que quaisquer alterações deveriam ser bem comunicadas.

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Às 9h25, o índice futuro com vencimento em abril caia 0,70%, aos 124.295 pontos.

Em Wall Street, índices futuros operam em alta, apesar da sensação de maior cautela de investidores sobre o conflito no Oriente Médio. Algumas falas são aguardadas com ansiedade, como o pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. A expectativa é que o mandatário dê indicações sobre o afrouxamento da política monetária nos EUA, o que não parece estar ainda no radar das autoridades do Fed.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro subia 0,57%, S&P500 avançava 0,17% e Nasdaq Futuro tinha valorização de 0,19%.

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Ibovespa, dólar e mercado externo


O dólar comercial opera com alta de 0,77%, a R$ 5,224 na compra e R$ 5,225 na venda. Assim como o dólar futuro (DOLFUT), que sobe 0,64%, indo aos 5.227 pontos.

No mercado de juros, os contratos futuros operam com alta. O DIF26 sobe 0,10 pp, a 10,54%; DIF27, +0,11 pp, a 10,91%; DIF28, +0,11 pp, a 10,88%; DIF29 +012 pp, a 11,45%; DIF31, +0,12 pp, a 11,24%.

Os preços do petróleo operam no vermelho, em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio, depois que o chefe militar de Israel disse que seu país responderia ao ataque do Irã do fim de semana, mesmo com pedidos de contenção por parte de aliados.

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As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, com a produção de aço recuando 8% em relação ao ano anterior. O movimento é atribuído aos desafios contínuos no mercado imobiliário da China e à fraca procura de aço.

Os mercados asiáticos fecharam em baixa significativa, em meio a persistentes tensões no Oriente Médio e após divulgação de dados econômicos mistos da China. A maior preocupação é que uma escalada do conflito no Oriente Médio impulsione o petróleo, alimente a inflação e atrapalhe os planos de grandes bancos centrais de começar a reduzir juros.

Os mercados europeus operam com forte queda, à medida que investidores acompanham de perto os desenvolvimentos no Oriente Médio. As tensões geopolíticas estão elevadas após o extenso ataque do Irã contra Israel. Israel prometeu retaliar, mas sinalizou que poderia esperar a hora certa. Os Aliados apelaram à calma, alertando que uma guerra muito maior no Oriente Médio poderia ser facilmente desencadeada.