Ibovespa fecha estável no primeiro pregão de junho; dólar retoma os R$ 4,80

Índice brasileiro conseguiu fugir da queda registrada pelas bolsas americanas

Felipe Moreira

(Pixabay)

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O principal índice da bolsa brasileira operou entre ganhos e perdas durante toda a sessão desta quarta-feira (1), firmando alta após a divulgação do Livro Bege, mas acabou perdendo força nos últimos minutos do pregão.

O Livro Bege trouxe, como destaque, que alguns dos diretores do Federal Reserve mudaram suas perspectivas de crescimento para algo menor e outros sinalizaram que houve uma desaceleração da alta dos preços. Isso acaba por diminuir a preocupação de que haverá aceleração do avanço das taxas de juros.

Além disso, o dia ainda é de alta para commodities, principalmente para o minério de ferro, no mercado internacional. As ações ordinárias da Vale (VALE3) subiram 2,35% e ajudaram a sustentar o Ibovespa no campo positivo.

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O Ibovespa subiu 0,01%, aos 111.359 pontos, após oscilar entre 110.821 e 111.930 pontos. O volume financeiro foi de R$ 25,5 bilhões.

As ações da Hypera (HYPE3) e da Weg (WEGE3) foram os destaques positivos, subindo, respectivamente, 7,66% e 3,31%, seguidas pelas ações da Usiminas (USIM5) com ganhos de 2,74%.

Papéis da Hypera registram forte alta após a companhia fechar acordo de leniência com CGU/AGU – segundo os analistas, isso tende a destravar valor para as ações.

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As ações da Azul ([ativo=AZUL4) e do Inter ([ativo=BIDI11]) recuaram, respectivamente, 5,82% e 4,69%, seguidas das ações da Gol (GOLL4), com perdas de 3,86%.

A Azul recuou acentuadamente nesta quarta-feira (1), após Bradesco BBI reduzir projeções de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) da operadora aérea para este ano e para o ano que vem, em função do aumento dos combustíveis.

O aumento do dólar e do petróleo no mercado internacional também ajudou a derrubar as cotações das empresas aéreas.

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Segundo Juan Espinhel, da Ivest Consultoria, a alta da moeda americana foi impulsionada pela renovação das preocupações com a inflação global e o receio de uma recessão.

No aftermarket, às 17h05, os juros futuros sobem em bloco, repercutindo a elevação dos preços do petróleo e do dólar. O DIF23, +0,26 pp, a 13,42%; DIF25, +0,98 pp, a 12,39%; DIF27, +1,24 pp, a 12,26%; DIF29, +1,31 pp, a 12,37%.

Nos EUA, as bolsas fecharam em baixa, em meio a temores sobre a saúde da economia, quando Wall Street virou a página para mais um mês após um maio bastante volátil.

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O índice Dow Jones recuou 0,54%, aos 32.812 pontos. O S&P 500 caiu 0,75%, aos 4.101 pontos, enquanto o Nasdaq teve baixa de 0,72%, aos 121.994 pontos.

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