Ibovespa fecha acima dos 113 mil pontos, no maior patamar em mais de três meses; dólar recua a R$ 5,27

Ações de peso do índice como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) voltaram a dar impulso à Bolsa

Mitchel Diniz

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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Depois de subir quase 7% em janeiro, o Ibovespa começou fevereiro dando sequência aos ganhos e rompendo o patamar dos 113 mil pontos, o que não acontecia desde outubro do ano passado. Os motivos que fizeram a Bolsa subir no mês passado continuaram dando impulso ao índice: entrada do investidor estrangeiro, estimulado por ações descontadas, e preços de matérias-primas em alta.

O Ibovespa fechou em alta de 0,97%, aos 113.228 pontos, maior pontuação em mais de três meses. O volume financeiro ficou em R$ 27,07 bilhões, inferior ao dos últimos dias.

Ações de peso do Ibovespa voltaram a subir forte hoje, à exemplo da Vale (VALE3), que fechou em alta de 5,59%, a R$ 85,31. Petrobras (PETR3,PETR4) também voltou a subir, com os papéis PETR4 entre os maiores volumes do dia e alta de 2,01%, mesmo com o preço do petróleo recuando hoje no mercado internacional.

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Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, explica que com a perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos a partir de março, investidores fazem escolhas mais “assertivas” e miram nos ativos brasileiros, que estão descontados.

“Fevereiro é também mês de pagamento de dividendos e outros proventos, o que gera atratividade de algumas posições. Ações que pagam proventos devem ser queridinhas”, afirma Franchini.  Ele, porém, não acredita que o Ibovespa deve ir “muito mais longe do que já estamos”. “Em breve vamos ter um ajuste, com precificação razoável de Brasil”, afirma.

Os analistas afirmam que a Bolsa está dependente do investidor estrangeiro. “Se a gente não tivesse esse volume de compra, a Bolsa teria caído muito forte, pois tivemos uma venda relevante de investidor institucional e pessoa física migrando para a renda fixa”, afirma Alexandre Brito, sócio e gestor da Finacap Investimentos.

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Para ele, a antecipação de alta de juros no Brasil também deixou o nosso mercado menos vulnerável ao impacto que o aperto monetário nos EUA tem causado nas Bolsas estrangeiras. “É possível que a gente tenha criado uma ‘gordura’ para amortecer o aumento de juros nos Estados Unidos”, afirma Brito.

No exterior, as bolsas em NY ganharam fôlego no final do pregão, com os investidores voltando o foco para a temporada de balanços corporativos. O Dow Jones fechou em alta de 0,77%, a 35.403 pontos; o S&P 500 avançou 0,68%, a 4.546 pontos; e a Nasdaq subiu 0,75%, a 14.346 pontos.

Depois de cair quase 5% em janeiro, o dólar comercial fechou em baixa de 0,62%, cotado a R$ 5,272 na compra e a R$ 5,273 na venda.

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No mercado de juros, os contratos voltaram a fechar em baixa : DIF23, -0,9 pp, a 12,16%; DIF25, -0,16 pp, a 11,06%; DIF27, -0,11, a 11,06%; e DIF29, -0,08 pp, a 11,22%.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados