Bolsa brasileira ensaia melhora após série de perdas com apoio de NY; veja destaques

Em Nova York, o sinal positivo prevalecia nas bolsas, com o S&P 500 ampliando os ganhos

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa subia na tarde desta quarta-feira, ajudado por Wall Street, mas era uma melhora frágil, mesmo após cinco pregões seguidos de queda, com Vale ainda representando uma pressão de baixa relevante, enquanto agentes calculam os potenciais efeitos de mudanças envolvendo créditos de PIS/Cofins.

Por volta de 12h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, avançava 0,21%, a 122.058,52 pontos, já tendo marcado 122.170,07 pontos na máxima e 121.317,90 pontos na mínima até o momento. O volume financeiro somava 6,7 bilhões de reais.

O governo editou na terça-feira uma medida provisória com mudanças no sistema de créditos de PIS/Cofins, a fim de compensar a desoneração da folha salarial de 17 setores da economia e municípios de pequeno porte, prevendo que isso ampliará as receitas em 29,2 bilhões de reais em 2024.

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Para analistas do Bradesco BBI, empresas de alimentos, distribuição de combustíveis, agricultura e farmacêuticas devem ser as mais afetadas pela medida, que limita o uso de créditos para compensação, com exportadoras de café, laranja, suíno, frango e carne provavelmente sendo as mais impactadas.

Em Nova York, o sinal positivo prevalecia nas bolsas, com o S&P 500 ampliando os ganhos para 0,68%, enquanto o rendimento do Treasury de 10 anos recuava, em meio a dados mostrando criação de empregos menor do que o esperado nos EUA, embora o setor de serviços tenha voltado a crescer em maio.

Na visão da equipe da Ágora Investimentos, apesar de o ambiente externo ajudar a amenizar a pressão doméstica, “o fraco desempenho das principais commodities para o Ibovespa não é motivo de entusiasmo para os investidores – sugerindo ganhos muito limitados para a sessão”.

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DESTAQUES

– VALE ON (VALE3) recuava 0,75%, com os futuros do minério de ferro na China completando cinco sessões de baixa. A mineradora anunciou acordo de 1,8 bilhão de reais para melhorar a eficiência da frota de locomotivas na ferrovia que liga suas operações em Carajás (PA) a portos exportadores.

– PETROBRAS PN (PETR4) tinha acréscimo de 0,26%, com o petróleo mostrando sinal positivo no exterior. O barril de Brent subia 0,32%. Analistas do UBS BB também reiteraram recomendação de “compra” para as ações da estatal e elevaram o preço-alvo dos papéis de 43 para 49 reais.

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– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) subia 0,1% e BRADESCO PN (BBDC4) ganhava 0,23%.

– WEG ON (WEGE3) caía 0,82% tendo no radar relatório de Goldman Sachs cortando a recomendação das ações para “venda”, embora tenha elevado o preço-alvo de 38,80 para 40 reais. CCR ON (CCRO3), que também teve um “downgrade” do Goldman Sachs, mas para “neutra”, era negociada em baixa de 0,92%.

– MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) mostrava acréscimo de 4,46%, após tombo na véspera, quando reagiu a mudanças no sistema de créditos de PIS/Cofins e decisão do relator no Senado do projeto que institui Programa Mover de retirar do texto a cobrança de imposto sobre compras internacionais de até 50 dólares.

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– LOCALIZA ON (RENT3) avançava 1,91%, também reagindo ao relatório do Goldman Sachs, que elevou a recomendação dos papéis para “compra”, embora o preço-alvo alvo tenha caído de 60,10 para 59,20 reais. No mesmo embalo, RUMO ON (RAIL3), que também teve “upgrade” do banco para “compra”, subia 2,17%,

– LWSA ON (LWSA3) perdia 3,34%, no segundo pregão de ajuste de baixa, após forte valorização nos três pregões anteriores, quando acumulou um ganho de quase 9%, em parte impulsionado pelo anúncio de um programa de recompra de ações.