Ibovespa avança, após discurso de Boehner

Índice se valoriza com a expectativa de que seja fechado um acordo entre políticos americanos para resolver o "fiscal cliff"

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa ganha força nesta tarde, após as declarações de John Boehner, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, sobre o aumento de chances de que seja selado um acordo entre democratas e republicanos para resolver a questão do abismo fiscal do país, ter jogado otimismo no mercado.

Às 15h20 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,70%, aos 59.663 pontos, acompanhando as altas em Wall Street. Pelo mesmo horário, o índice Dow Jones subia 0,80%, o S&P 500 galgava 0,93% e o Nasdaq, das companhias de tecnlogia, se valorizava 1,34%.

Do lado positivo, aparecem as ações da B2W (BTOW3, +5,70%, R$ 17,79) e Rossi (RSID3, + 5,94%, a R$ 4,64) que acentuam ganhos pelo terceiro pregão consecutivo. Além do otimismo gerado em torno da melhora na logística de entrega da empresa, o mercado espera que o final de ano traga números mais robustos para a empresa, o que pode estar contribuindo para essa movimentação dos papéis, disse o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.

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Entre os principais destaques corporativos, as ações da Marfrig (MRFG3) e Cyrela (CYRE3) disputam o posto de maiores quedas do Ibovespa, cujos papéis registram desvalorizações de 3,59% e 3,56%, respectivamente, aos R$ 8,30 e R$ 18,11. Também registram forte queda as ações do grupo EBX, do empresário Eike Batista, depois da negativa de magacapitalização via BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.  

No radar: reunião do Fed, abismo fiscal e política italiana
Na ausência de indicadores econômicos de peso, os investidores estão de olho na reunião do Federal Reserve e no andamento das negociações sobre um acordo para evitar o abismo fiscal nos Estados Unidos. Economistas esperam que o Fed anuncie uma nova rodada de compra de títulos público ao final da reunião, na próxima quarta-feira. O programa deve substituir os estímulos vindos da “Operação Twist”, que expira no final deste ano. 

Além das incertezas sobre os EUA, a futura renúncia do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, continua causando nervosismo no mercado. Contudo, na véspera, o premiê tentou tranquilizar os investidores, ao dizer que as reações dos mercados “não devem ser dramatizadas”. Ele se mostrou confiante de que o governo que vencer as próximas eleições gerais da Itália “será altamente responsável” e orientado para a União Europeia.

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Agenda fraca
Entre os poucos indicadores da agenda, destaque para o sentimento econômico na Alemanha, que registrou forte alta no mês de dezembro, graças a dados econômicos encorajadores dos Estados Unidos, entrando em território positivo pela primeira vez desde maio.

Por aqui, a taxa de emprego na indústria brasileira registrou alta de 0,4% em outubro deste ano, na comparação com o mês imediatamente anterior, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já nos EUA, o Departamento de Comércio apresenta a balança comercial mensal do país.