Ibovespa cai, descolado de bolsas no exterior, e luta para manter os 105 mil pontos

Índice brasileiro não tem tendência exata na manhã desta terça-feira, apesar de mercados avançarem no exterior

Vitor Azevedo

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O Ibovespa abriu com leve tendência alta de nesta terça-feira (28), subindo 0,06% no encerramento dos leilões, aos 105.615 pontos, mas passou a cair após cerca de uma hora de pregão – as 11h10, o índice recua 0,80%, aos 104.720 pontos, descolado da movimentação do exterior, em dia de pouca liquidez do mercado, por conta do período entre festas.

O mercado internacional estende o rali dos dias anteriores, a despeito do aumento dos casos da covid-19 nos Estados Unidos e na Europa e do alto número de cancelamento de voos na última semana.

“O clima continua positivo nos mercados globais, uma vez que disseminação da Ômicron não tem feito com que os governos tomem medidas restritivas duras até agora. Como a variante parece mesmo ser uma versão mais branda da doença, analistas entendem que a nova onda da Covid não será um risco para a recuperação econômica global”, explicam os analistas da XP Investimentos.

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Ontem, o S&P 500, inclusive, fechou em sua máxima histórica, com destaque, para além de outros fatores, para os dados do comércio no fim de ano: segundo a Mastercard, as vendas cresceram 8,5% na comparação com 2020.  Às 9h40, o futuro do Dow Jones opera estável. O S&P 500 sobe 0,05% e o da Nasdaq, 0,21%.

A Europa também tem tendência de alta, com o DAX, da Alemanha, avançando 0,74%, o CAC, da França, 0,58%, e o STOXX 600, de todo o continente, 0,60%. As bolsas do Reino Unido e da Irlanda, países que estão sendo mais impactados pela Ômicron, continuam fechadas por conta do feriado do Boxing Day – data importante para o comércio por se tratar de um período conhecido pelas liquidações.

Na Ásia, os principais índices fecharam em alta, com destaque para o Nikkei, do Japão, que avançou 1,37%. Shangai, da China, subiu 0,39%, HSI, de Hong Kong, 0,24%, e Kospi, da Coréia do Sul, 0,69%.

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“O movimento ascendente de ativos de risco nestes últimos dias do ano é um fenômeno conhecido como “Santa Claus rally” (ou rally do Papai Noel em tradução livre), que se refere ao desempenho típico dos ativos de risco a se valorizarem nos sete dias seguintes ao Natal”, justificam os especialistas da Guide Investimentos.

Além disso, os comentários são de que as bolsas asiáticas continuam a repercutir a sinalização de maior apoio do Banco Central chinês (PBoC) à economia em meio à imposição de novos lockdowns do país e após injeção de liquidez de 200 bilhões de yuanes nesta noite.

Apesar dos sinais do governo chinês, o minério de ferro em Dalian recuou 1,48%, a 666.500 iuanes, ou US$ 104,66. Em Qingdao, a queda foi de 3,04%, a US$ 119,44 a tonelada. O petróleo, por sua vez, avança: o WTI tem alta de 1,59%, a US$ 76,76, e o Brent, de 1,35%, a US$ 79,63.

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No Brasil, os mercados repercutem, além da performance das bolsas internacionais, os dados do trabalho. A taxa Pnad, que mede o número de pessoas desempregadas no país, teve leitura de 12,1%, ante consenso de 12,6%. “O aumento sustentável do nível de emprego é um argumento sólido a favor de um desempenho melhor da economia em 2022”, dizem os analistas da Levante Investimentos.

Além disso, é destaque também a divulgação dos dados estoques de crédito, pelo Banco Central, que trouxe um crescimento de 1,8% na base mensal, atingindo R$ 4,58 trilhões.

O dólar comercial avança 0,06%, a R$ 5,642 na compra e a R$ 5,642. O futuro sobe 0,20%, a R$ 5,642. A moeda brasileira opera um pouco descolada dos seus pares, uma vez que o DXY, índice que mede a performance da moeda americana frente a outras, opera estável.

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No mercado de juros futuros, a tendência também é de alta. O DI para fevereiro de 2023 sobe 14 pontos-base, o para fevereiro de 2025 avança 0,19 pontos-base, e o com vencimento em fevereiro de 2029 sobe 9 pontos-base.

O avanço do número de empregos tende a pressionar a curva de juros, por impulsionar a inflação. “Na esmagadora maioria dos casos, os salários são quase que totalmente convertidos em consumo. Assim, uma pessoa que encontra um emprego é um consumidor a mais na economia”, explica a Levante.

Na política, o recesso do Congresso dá uma folga aos investidores e Brasília tem poucas chances de influenciar no mercado.

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