Publicidade
SÃO PAULO – A Hapvida (HAPV3) divulgou, em comunicado ao mercado nesta segunda-feira (4), um posicionamento sobre reportagens, incluindo a do jornal O Globo publicada na sexta-feira (1), sobre a pressão da companhia para médicos prescreverem o “kit covid”, tratamento comprovadamente ineficaz contra o coronavírus.
Segundo o jornal, em janeiro deste ano, os médicos da operadora receberam um áudio de um dirigente da empresa com orientações claras para “aumentar consideravelmente” a prescrição de cloroquina e “fazer o convencimento” dos pacientes de que esse era o melhor tratamento a ser adotado, mesmo com a sua ineficácia comprovada.
Desde julho de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vinha mostrando por meio de estudos que o medicamento não tinha nenhum efeito no tratamento da Covid-19 e passou a não recomendá-lo.
Masterclass
As Ações mais Promissoras da Bolsa
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
O Globo teve acesso a mensagens, planilhas e documentos de um grupo de WhatsApp de funcionários da operadora enviados entre março de 2020 e maio de 2021. E, segundo o jornal, o material sugere que a prática de pressionar médicos para recomendar o kit covid era recorrente.
No comunicado publicado nesta segunda, a Hapvida escreve que a fase inicial da pandemia de Covid-19 “foi marcada por espanto e incerteza em todo o mundo, principalmente quanto à existência de vacinas ou medicamentos que pudessem tratar a doença”, e que a Hapvida investiu na expansão dos leitos de UTI e na contratação de profissionais.
Segundo a companhia, havia, no passado, “um entendimento de que a hidroxicloroquina poderia trazer benefícios aos pacientes”. “No melhor intuito de oferecer todas as possibilidades aos nossos beneficiários, houve uma adesão relevante da nossa rede, que nunca correspondeu à maioria das prescrições”, escreve a Hapvida.
Continua depois da publicidade
“Nas ocasiões em que o médico acreditava que a hidroxicloroquina poderia ter eficácia, sua definição ocorria sempre durante consulta, de comum acordo entre médico e paciente, que assinava termo de consentimento específico em cada caso. Ainda assim, há meses não se observa mais a prescrição dessa medicação nas nossas unidades”, continua a operadora.
Ainda de acordo com a Hapvida, a adoção da hidroxicloroquina foi sendo reduzida “de forma constante e acentuada”.
“Hoje, a instituição não sugere o uso desse medicamento por não haver comprovação científica de sua efetividade. Mas segue respeitando a autonomia e a soberania médica para determinar as melhores práticas para cada caso, de acordo com cada paciente”, conclui a empresa.
Continua depois da publicidade
Especialistas certificados das maiores corretoras do Brasil ensinam como ir do básico à renda extra crescente operando como trader na Bolsa de Valores. Inscreva-se Grátis.