Grafista vê bolsa volátil até o Natal, mas enxerga oportunidades de compra

Ibovespa deve seguir em "zigue-zague" até que uma decisão sobre o abismo fiscal norte-americana seja tomada

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Nos últimos dias, o Ibovespa tem mostrado extrema volatilidade, alternando entre perdas e ganhos por diversas vezes em um mesmo pregão. Para Gilberto Coelho, analista técnico da Ativa Corretora, essa deve ser a tônica até o fim do ano. “O índice deve ficar nesse vai-e-vem, indefinido, até o Natal”, afirma o grafista.

De acordo com o analista, a principal preocupação do mercado é com o abismo fiscal nos EUA. “Não é uma insanidade comprar ações agora, embora o cenário não esteja muito claro para tomar risco”, afirma Coelho. Vale mencionar que, na última quarta-feira (5), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que espera solucionar esse problema em até uma semana, fato que ajudou a animar os mercados.

A expectativa sobre quando – e se – sairá essa definição mantém os investidores em modo de espera, o que acaba “travando” a movimentação da bolsa. É o que analistas técnicos, como Coelho, chamam de ponto de inflexão: regiões onde o índice encontra indefinição e pode virar agressivamente, ou continuar na atual trajetória – no caso atual, alta.

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“A bolsa está ameaçando romper o canal de baixa e já conseguiu até fechar acima desse patamar”, afirma o grafista. Para esse movimento, porém, ganhar força, Coelho afirma que o Ibovespa precisa romper a média móvel de 200 períodos, uma forte barreira de longo prazo que ele está testando no momento. Esse rompimento costuma ser um divisor de águas para o índice, e pode vir a agir como suporte em breve. 

Caso não consiga romper, ele perde forças e o teste se torna apenas um “pullback” (retorno à uma região antiga). Caso rompa, o índice ganha fôlego e isso se torna excelente oportunidade para comprar ações. Mas é preciso ficar de olho no que comprar: Coelho destaca uma boa oportunidade entre as imobiliárias, que voltaram a subir nesta semana, mesmo sendo empresas bastante associadas à tomada de riscos.