Governo leiloa hoje rodovia BR-163; OGX divulga após pregão resultado do 3° tri

Ainda entre os destaques, OSX elege novos diretores; CVM pune controlador, conselheiros e funcionários da Laep

Paula Barra

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SÃO PAULO – A quarta-feira (27) inicia agitada em meio a uma série de notícias corporativas. A ANT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) faz hoje o segundo leilão do PIL (Programa de Investimentos em Logística) do governo federal. A BR-163, em Mato Grosso, será concedida à iniciativa privada, em licitação na sede da BM&FBovespa, em São Paulo. Os envelopes serão abertos às 10h (horário de Brasília). 

Cinco empresas e dois consórcios disputam a concessão. As propostas da CCR (CCRO3), Triunfo Participações e Investimentos (TPIS3), Galvão Engenharia, Invepar, Odebrecht e dos consórcios Rota do Futuro, liderado pela EcoRodovias (ECOR3), e Integração, liderado pela Fidens Engenharia, serão abertas nesta quarta-feira. 

A concessão por 30 anos incluirá a recuperação, conservação, manutenção, operação, implantação de melhorias e ampliação da capacidade de trecho de 822,8 quilômetros da BR-163, que passa por Mato Grosso, além de 28,1 quilômetros da MT-407, totalizando 850,9 quilômetros de rodovias. No total, estão orçados investimentos de R$ 4,6 bilhões, sendo R$ 2,4 bilhões nos primeiros cinco anos. O valor estimado do contrato é de R$ 14,749 bilhões. 

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OGX muda data de resultado trimestral pela 3ª vez
A OGX Petróleo (OGXP3) adiou a data de divulgação de resultados pela 3ª vez, comunicou a empresa na noite de terça-feira (26). Originalmente marcado para o dia 13 e remarcado para os dias 22 e 29, o balanço da petrolífera de Eike Batista deverá ser divulgado no dia 27, após o fechamento do mercado.

A companhia diz que as mudanças se deram para revisar informações trimestrais após a decisão da 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro de retirar as empresas austríacas OGX International e OGX Austria do pedido de recuperação judicial. As empresas deverão pedir recuperação nos Estados Unidos. A empresa pediu recuperação judicial no final do mês passado e teve o pedido aceito na última quinta-feira, mas apenas para as subsidiárias nacionais -OGX Petróleo e Gás e OGX Petróleo e Gás Participações.  

OSX elege novos diretores
O Conselho de Administração da OSX Brasil (OSXB3) elegeu na véspera Euchério Lerner Rodrigues para o cargo de diretor-presidente da companhia, no lugar de Ivo Dworschak Filho, que renunciou. Dworschak Filho havia sido eleito para a função no último dia 8 de novembro. 

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Foi eleito ainda para o cargo de diretor financeiro e de relações com investidores Cláudio Antonio da Silva Zuicker, que substituirá Luiz Guilherme Esteves Marques, que também renunciou na última terça-feira. A OSX, braço de construção naval do Grupo EBX, teve seu pedido de recuperação judicial aprovado na segunda-feira pela Justiça. 

STF começa a julgar planos econômicos nesta 4ª
Nas últimas sessões, as ações dos bancos foram bastante impactadas pela proximidade do julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a correção da caderneta de poupança referente a seis planos econômicos de combate à inflação entre os anos 1980 e 1990, que poderia resultar em um passivo financeiro de cerca de R$ 150 bilhões. E este movimento deve aumentar na sessão desta quarta-feira, quando tem início, previsto para às 14h, o julgamento dos planos.
 

Seguindo as contas preliminares, e considerando a participantes das instituições financeiras nos depósitos durante os planos, a Caixa Econômica apresentava uma participação em torno de 33% a 35%, o que poderia se traduzir em cerca de R$ 50 bilhões de necessidade de capital para suprir a causa (utilizando R$ 150 bilhões como base para a conta). No caso do Banco do Brasil (BBAS3), os depósitos (20% do sistema no período) poderiam gerar R$ 35 bilhões em despesa para o banco. Dessa forma, no âmbito de bancos públicos, uma decisão considerando a legislação inconstitucional poderia gerar uma necessidade de capitalização imediata por parte do Tesouro.

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Com relação ao Itaú Unibanco (ITUB4), no pior cenário possível, a instituição poderia arcar com um valor entre R$ 15 bilhões e 20 bilhões (10% a 15% dos depósitos). Com a redução da provisão constituída e créditos tributários, o resultado final em torno de R$ 9 bilhões em obrigações adicionais (5,8% do seu market cap atual). Efeitos sobre o Santander (SANB11) pode ser considerados limitados em função da participação restrita nos depósitos da poupança no período dos planos econômicos, o que justifica um desempenho mais favorável em meio ao stress gerado pelo processo em curso, disseram os analistas. 

CVM pune controlador, conselheiros e funcionários da Laep
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) voltou a julgar diversos envolvidos no caso da Laep (MILK33). Desta vez, o processo administrativo sancionador CVM nº RJ2012/14871, pela não divulgação de um fato relevante que a comissão acredita que deveria ter sido divulgado, embora a CVM não diga em que caso isso ocorreu. 

Controlador, presidente-executivo e presidente do conselho de administração, Marcus Elias recebeu apenas uma advertência por esse caso. A mesma pena sofrerão os conselheiros Rodrigo Ferraz e Othniel Lopes, além do diretor financeiro da empresa, Alberto Tepedino. Já Antonio da Silva, diretor de relações com investidores da empresa, sofrerá uma multa pecuniária no valor de R$ 200 mil.

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Suzano negocia compra de florestas da Vale
Segundo apurou o Valor, a Suzano Papel e Celulose (SUZB5) está negociando a compra de florestas pertencentes à mineradora Vale (VALE3; VALE5) no Estado do Pará, em um negócio estimado em R$ 540 milhões.

As conversas estariam em fase avançada e envolvem cerca de 30 mil hectares na região do município paraense de Dom Eliseu, informou o jornal. O local está perto da fábrica de celulose da companhia que está prestes a entrar em operação, em Imperatriz, no vizinho Maranhão.

Rating da SulAmérica pode ser rebaixado
A Standard & Poor’s colocou os ratings de crédito de contraparte de longo prazo da SulAmérica (SULA11) em revisão para possível rebaixamento. Além do rating “BBB+” da SulAmérica Seguros, a agência de classificação de risco pode rebaixar o rating de crédito de contraparte de 
longo prazo da holding SulAmérica, que está atualmente em “BBB-“.  

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Inicialmente, a S&P colocou os ratings da empresa apenas em observação para determinar se as avaliações poderiam ser afetadas pelos novos critérios da agência de classificação de risco. Em 19 de novembro, a S&P anunciou nova metodologia para avaliar entidades não soberanas. Apósa análise, a S&P concluiu que os ratings da companhia podem ser afetados pelos novos critérios. Com isso, a agência passou a considerar a revisão dos ratings para um possível rebaixamento.