Bolsas dos EUA fecham com alta após dado apontar nova desaceleração da inflação; petróleo sobe

Dow Jones Industrial Average subiu 0,17%, S&P 500 avançou 0,87% e o Nasdaq Composite ganhou 1,45%

Equipe InfoMoney

(Getty Images)

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As bolsas em Nova York fecharam com alta nesta terça-feira (15) após dados de inflação, desta vez de preços ao produtor, apontarem desaceleração. Assim, o Dow Jones subiu 0,17%, o S&P 500 avançou 0,87% e o Nasdaq ganhou 1,45%.

Em outubro, o índice de preços ao produtor nos EUA subiu 0,2%, abaixo da estimativa de 0,4%, alimentando a expectativa de desaceleração da economia e consequentemente arrefecimento da inflação.

No mais, os preços do setor de serviços caíram 0,1% no mês, no primeiro recuo absoluto desde novembro de 2020, algo considerado um contribuinte significativo para a desaceleração da inflação no atacado.

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Na base anual, o PPI subiu 8%, em comparação com alta de 8,4% em setembro.

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Falas do Fed

A sessão foi marcada ainda por novas falas de dirigentes do Fed. Para Lisa Cook, integrante do Conselho do Federal Reserve, “a inflação está muito alta e o foco do Fed é endereçar a inflação“.

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No mais, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, destacou que a atividade empresarial ainda não foi restringida o suficiente pelo aperto monetário ao ponto de “reduzir seriamente a inflação”.

Bostic acrescentou que mais altas de juros serão necessárias para trazer a inflação americana de volta à meta de 2% de forma consistente.

Mais mercados

Europa

Após desempenho negativo no começo do dia, os mercados europeus fecharam majoritariamente em alta, com os investidores avaliando as perspectivas econômicas do bloco e da economia global.

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O Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro cresceu 2,1% no terceiro trimestre na base anual, em linha com o consenso de mercado, que era de 2,1%.

Já a balança comercial da Zona do Euro registrou um déficit de 34,4 bilhões de euros em setembro. O consenso de mercado esperava déficit de 44,5 bilhões de euros.

O apertado mercado de trabalho do Reino Unido esfriou ligeiramente no terceiro trimestre, com a economia entrando em contração.

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O desemprego ficou em 3,6% nos três meses até setembro, acima de uma baixa de quase cinco décadas de 3,5% registrada entre junho e agosto.

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em alta depois de uma reunião entre o presidente Xi Jinping e o presidente dos EUA, Joe Biden.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, foi o principal destaque, com alta de 4,11%, fechando em 18.343 pontos, impulsionado pelas ações de tecnologia.

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Em indicadores, a produção industrial da China cresceu 5,0% em outubro, em comparação com o mesmo mês de 2021, e subiu 0,33% ante o mês anterior.

Apesar de ter subido um pouco acima da previsão do mercado, de 4,9%, marca uma desaceleração ante a alta anual de setembro, de 6,3%.

Ainda na China, o BC chinês manteve as taxas de juros para linhas de crédito de 1 ano em 2,75%.

Commodities

Após abrirem em queda, as cotações do preço dos barris de petróleo fecharam a sessão em alta. A pressão sobre os preços veio por conta de informação sobre interrupção temporária do fornecimento de petróleo para a Hungria, pelo oleoduto de Druzhba, segundo a Reuters.

Além disso, mais de 1 milhão de barris por dia (bpd) em exportações de petróleo da Rússia devem ser derrubados por sanções ocidentais a entrar em vigor dentro de semanas.

A expectativa é de que Moscou terá dificuldades para redirecionar para outros lugares, o que ameaça apertar ainda mais os mercados globais de energia, disse a Agência Internacional de Energia (AIE), em seu relatório mensal divulgado nesta terça-feira (15).

No mercado de minério, os preços futuros do minério de ferro na China tiveram a terceira alta consecutiva.