Futuros dos EUA operam em forte alta de olho em acordo entre bancos centrais

Medida coordenada por autoridades monetárias internacionais promete oferecer bolsão de liquidez

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SÃO PAULO – Os principais contratos futuros sobre índices de ações dos EUA operam em alta nesta quarta-feira (30), com S&P 500 e Nasdaq sinalizando abertura com +2,45% e +2,19%, respectivamente, buscando estender os ganhos acumulados desde segunda-feira.

Pela terceira sessão consecutiva na semana, Wall Street é impulsionada pelo noticiário favorável, onde se vê maior sintonia entre as autoridades políticas internacionais no sentido de oferecer um bolsão de liquidez maior contra a crise na Zona do Euro e a recessão global.

Agora vai?
Nesta manhã, o BCE (Banco Central Europeu), o Federal Reserve, o BoE (Bank of England) e os Bancos Centrais de Canadá, Japão e Suíça entraram em acordo para realizar ações coordenadas para fortalecer o sistemas financeiro global, com foco principalmente na liquidez.

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A medida anunciada há pouco vem como um complemento à decisão dos ministros de Finanças da Europa, que aprovaram na última noite duas opções para aumentar o tamanho do EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), de acordo com comunicado oficial divulgado após o término do encontro das autoridades ocorrido na capital belga, Bruxelas.

Segundo a nota, na primeira opção, o EFSF daria ao investidor um certificado de garantia de 20% a 30% do valor de cada novo bônus que fosse emitido por um dos países-membros do bloco econômico. Já a segunda opção, seria a criação de um ou mais “fundos de cooperação”, com participantes tanto do setor público quanto do setor privado, cujos recursos seriam destinados à compra de títulos públicos nos mercados primário e secundário. 

Ademais, os ministros concordaram em liberar a sexta parcela do pacote de resgate à economia grega, a qual estará disponível ao governo do país em meados de dezembro, afastando, ainda que pontualmente, o risco de insolvência.

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Longo caminho
Com isso, o BCE deverá ter mais munição para comprar títulos dos países em dificuldades como forma de conter os yields e baratear a rolagem da dívida pública, reduzindo substancialmente as dificuldades para reorganização fiscal destas economias e pavimentando o caminho para uma eventual integração fiscal do bloco com a emissão dos Eurobonus – tidos como primordiais por muitos economistas para evitar a ruptura do euro e preservar a economia da região.

Bancos surpreendem
A medida dos bancos centrais reverte até mesmo os efeitos negativos esperados da decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor’s de revisar sua metodologia de rating para 37 importantes bancos mundiais. Entre eles, nomes como Goldman Sachs, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch, Citigroup e Wells Fargo tiveram suas notas de crédito reduzidas pela S&P.

Como consequência das promessas de oferta de liquidez, as ações bancário no pré-market vão no sentido contrário do que se esperava há pouco, com destaque para Bank of America (+6,69%), Citigroup (+6,66%), JPMorgan Chase (+5,60%) e Goldman Sachs (+4,49%).