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SÃO PAULO – Tudo pronto. Análise no papel, tendência do mercado e do ativo alvo traçada, osciladores apostos e fundamentos revisados. Muitos investidores se deparam com tais premissas antes de enviar uma ordem por meio de seu Home Broker.
Apesar das variáveis demonstrarem o caminho correto de acordo com as avaliações realizadas, a decisão de comprar ou vender um papel passa por algo mais, que ganha um peso substancial na hora decisiva: as emoções.
Por ser totalmente arbitrária, muitas vezes as emoções acabam atrapalhando o investidor, como uma compra impensada devido ao “feeling” que tudo vai melhorar ou uma venda fora do patamar antes traçado. Ou pior, segura o papel à espera de rendimentos extraordinários e quando vê, a ação devolveu todos os ganhos auferidos e já está no prejuízo.
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A fim de minimizar este problema e conferir maior agilidade aos trades, muitos fundos de investimentos apostam em plataformas de negociações precisas, com métodos quantitativos sofisticados e um sistema de inteligência artificial, mais conhecido como TS (Trade System).
Ninguém melhor que uma máquina
“Se o desafio pode ser expresso em termos matemáticos, ninguém melhor do que um computador para resolvê-lo”. Com esta frase, Marcelo Sampaio e Charles Adriano, diretores da Profitfactor, definem o sentido de desenvolver um TS.
Sem descargas de adrenalina ou medos, os sistemas eletrônicos disparam uma ordem de compra ou venda, subsidiadas por uma estratégia previamente traçada, baseada em um conjunto de regras matemáticas que envolvem conceitos como algoritmos, teoria dos jogos e teoria do caos.
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Uma vez disciplinado e com uma mecânica de negociação definida, o sistema automatizado se torna um aliado importante na obtenção de lucros – “um sistema automatizado não se cansa, não se distrai, não vai contra nenhuma regra imposta, não é emotivo e fica 100% de olho no mercado”.
Os tipos de sistemas
Segundo os diretores, pode-se classificar os sistemas em três categorias, com base no posicionamento de mercado:
- Sistema contínuo: sistema que está sempre de olho no mercado.
- Sistema intradiário puro: aquele que fecha todas as posições antes que se encerre o mercado, levando em consideração o horário do mercado ao qual o ativo faz alusão.
- Sistema intradiário contínuo: realiza operações durante as sessões de trabalho, porém, não tem a obrigação de fechar suas posições no final da jornada. Devido às possíveis diferenças de cotações entre os pregões, este sistema pode gerar perdas e apresentar uma série de perdas máximas (draw down) maiores que o intradiário puro.
Como todo sistema de negociação, podendo ser até o mais simples possível, é sempre necessário realizar testes em bases históricas de negociação, ou seja, colocar no papel todos os trades realizados a fim de verificar a porcentagem de acerto e erro, para só assim encontrar o “ajuste fino” da plataforma de negociação.
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Embora um sistema automatizado seja um aliado importante, deve-se atentar ao fato que existe um processo exaustivo de desenho, estudo, testes, programação para finalizar um TS preciso e que maximize os acertos, lembram os diretores.
Por isso, cinco perguntas fundamentais devem ser respondidas antes de o investidor colocar seu TS em funcionamento: