Fundos de Venture Capital aportam US$ 200 milhões em rede social descentralizada com blockchain

Criador do BitClout revela nome e divulga aporte multimilionário de grandes firmas de Venture Capital do Vale do Silício

Paulo Barros

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SÃO PAULO – Uma nova rede social que usa blockchain para alcançar estrutura descentralizada é a nova aposta de grandes fundos de Venture Capital do Vale do Silício. A startup Decentralized Social (DeSo) anunciou nesta terça-feira (21) a captação de US$ 200 milhões de firmas conhecidas como Andreessen Horowitz (a16z), Sequoia, Coinbase Ventures e Winklevoss Capital para tirar do papel um projeto do mesmo criador da BitClout, outra rede social com proposta similar de descentralização.

O nome por trás da proposta é Nader Al-Naji, até então conhecido nas redes sociais apenas pelo pseudônimo de “Diamondhands”, ou “mãos de diamante”, gíria usada para denominar os investidores que não se abalam com quedas de mercado. Al-Naji quer fazer jus ao apelido ao conseguir convencer investidores que a nova rede social não repetirá o fracasso da Basis, uma startup de stablecoins que fechou as portas em 2018 após pressão regulatória.

A DeSo oferece suporte à criação de perfis e postagens, entre outros recursos comuns de uma rede social tradicional. No entanto, a plataforma adiciona funções vistas apenas em protocolos criados em blockchain, como tokens sociais, tokens não-fungíveis (NFT) e gorjetas com criptomoedas.

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Ela funciona em uma blockchain própria, portanto não depende de plataformas já existentes como o Ethereum (ETH). Por isso, ela traz seu token próprio, o DESO, que funciona como uma espécie de moeda nativa usada para para criar perfis, postagens e comprar outros ativos comercializados por usuários.

“Semelhante ao Ethereum, quanto mais aberto for a blockchain DeSo e quanto mais aplicativos são construídos em cima dela por desenvolvedores independentes, mais transações fluem através da blockchain e mais valioso o [token] DESO se torna”, afirmou Al-Naji ao The Block.

O token DESO, no entanto, não é exatamente novo: ele é uma repaginação do BitClout ([ativo=CLOUT]), lançado originalmente em março de 2021. Segundo o criador, o CLOUT foi lançado para testar a blockchain DeSo antes do lançamento público. A solução já está no ar, mas ainda depende da oferta de aplicativos compatíveis. Atualmente, há cerca de 100 apps “construídos ou sendo construídos” na blockchain DeSo.

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A rodada de financiamento de US$ 200 milhões foi recebida em Bitcoin (BTC). Os investidores depositaram BTC em uma carteira da companhia e receberam de volta o token DESO como garantia. Além disso, outros 44.000 usuários teriam comprado o criptoativo até julho deste ano, quando as vendas privadas foram encerradas.

A moeda tem emissão fixada em 10,8 milhões de unidades. Segundo Al-Naji, a ideia é que o ativo valorize na medida em que a rede social ganhe adeptos e surjam mais casos de uso, “assim como o Ethereum”.

Por volta das 11h30, o token CLOUT era negociado em alta de 6%, cotado a pouco menos de US$ 80. A empresa não revelou o preço de venda da criptomoeda aos investidores.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos