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SÃO PAULO – Inúmeros motivos ao longo dos últimos anos vêm incrementando a popularidade do mercado de ações entre os pequenos investidores. As sucessivas reduções das taxas de juros, a percepção de que a Bovespa não é um cassino e um maior acesso a informação – entre vários outros fatores – despertaram em muitos a disposição de aplicar parte de suas economias na renda variável.
E você pode estar propenso a ser o mais novo integrante deste time. Ocorre, porém, que seu acompanhamento do mercado acionário pode não ser assíduo e seu conhecimento sobre o ramo restringir-se ao superficial. Com isso, os riscos de se comprar alguma ação em específico tornam-se bastante grandes.
A alternativa usual neste caso é passar a ser cotista de um fundo de ações, delegando a um gestor, especialista no mercado, a administração do seu dinheiro. Obviamente, este serviço não é gratuito, sendo cobrada uma taxa de administração pelo gestor do fundo de investimento, que, no entanto, pode valer a pena caso você não esteja familiarizado com o funcionamento do mercado financeiro e suas nuances.
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Investindo no mercado como um todo
São várias as possibilidades de aplicação em fundos de ações. E uma das mais tradicionais refere-se ao investimento em fundos referenciados a índices de ações.
Esta alternativa pode ser bastante interessante para os otimistas em relação ao comportamento do mercado como um todo. Investir num fundo atrelado a um índice é, de certo forma, acreditar que o mercado acionário, no agregado, apresentará uma boa performance.
O investidor não corre riscos específicos a nenhuma empresa, estando exposto apenas aos riscos de mercado.
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Quais fundos de índices?
Disposto, então, a aplicar em um fundo cujo retorno estará vinculado a um índice de ações, em qual investir? Quais são as possibilidades?
De acordo com a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), há basicamente fundos atrelados ao Ibovespa, ao IBX-50 e ao IBX-100, cujas performances estão referenciadas a estes benchmarks.
Mas, em termos práticos, quais as diferenças entre aplicar em cada um destes fundos, ou seja, em ter seus rendimentos atrelados ao Ibovespa, ao IBX-50 ou ao IBX-100?
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Diferentes critérios
A resposta para esta questão passa pelo esclarecimento dos critérios adotados para a composição de cada um dos índices. Em linhas gerais, o Ibovespa , para listar seus componentes e os pesos de cada um, leva em conta a liquidez dos papéis, ou seja, sua movimentação financeira na Bolsa.
Já o IBX-50 e o IBX-100, além de também contarem com uma medida de negociabilidade das ações, consideram o free float das empresas – o valor de mercado das companhias excluindo as ações de posse do controlador – para determinar os seus pesos.
Como fica o ganho do investidor?
Sob estes critérios, o IBX-50 e o IBX-100 atribuem um peso muito grande às ações das maiores empresas brasileiras. Desta forma, um fundo atrelado a um deles acaba tendo seu retorno basicamente atrelado aos papéis das grandes companhias. Para se ter uma idéia, os dez papéis com maior peso no IBX-50, segundo a carteira teórica para o segundo quadrimestre de 2007, somam 66,63% de participação, sendo que 39,5% correspondem a Petrobras e Vale do Rio Doce.
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De forma semelhante, no IBX-100, estes percentuais são de 55,14% e 34,37%, respectivamente. Já para o Ibovespa, temos 48,03% e 28,72%, na mesma ordem.
Em qual aplicar?
Deste modo, fica bastante simples optar pelos fundos IBX ou Ibovespa. Se você acredita em um retorno superior à média do mercado dos papéis das maiores empresas brasileiras, sobretudo de Petrobras e Vale, opte pelos primeiros.
Já se você pretende montar um portifólio mais diversificado, com menos peso às blue chips, os fundos Ibovespa podem ser melhor opção.