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A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (a SEC) ingressou com uma ação criminal contra Sam Bankman-Fried, ex-CEO da exchange de criptomoedas falida FTX, sob acusação de cometer fraude contra investidores, de acordo com um comunicado divulgado nesta terça-feira (13).
O regulador do mercado de capitais americano afirma que Bankman-Fried usou indevidamente recursos de clientes para resgatar sua empresa-irmã, a Alameda Research, e financiar seu estilo de vida luxuoso, bem como doações feitas por ele a políticos.
“Sam Bankman-Fried construiu um castelo de cartas com base em fraude, enquanto dizia aos investidores que era um dos locais mais seguros em cripto”, disse o presidente da SEC, Gary Gensler, em nota.
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Documentos judiciais ingressados pelo regulador também afirmam que Bankman-Fried “estava orquestrando uma fraude massiva há anos, desviando bilhões de dólares dos fundos de clientes da plataforma de trading para seu próprio benefício pessoal e para ajudar a crescer seu império cripto”.
A SEC alega ainda que a Alameda recebeu secretamente status especial com linhas de crédito e isenção de protocolos de liquidação na corretora FTX, dando-lhe o direito de acessar dinheiro de clientes.
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Bankman-Fried também assegurou aos investidores que suas empresas tinham uma governança sólida e uma boa condição financeira enquanto os mercados caíam e, “consciente ou imprudentemente… empregou dispositivos, esquemas ou artifícios para fraudar”, disse a SEC.
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Bankman-Fried falou no final do mês passado, em entrevista ao jornal The New York Times, que não “misturava intencionalmente” recursos de clientes.
Por volta de maio de 2022, com a queda dos preços das criptomoedas, “Bankman-Fried instruiu a Alameda a usar sua ‘linha de crédito’ da FTX. Bilhões de dólares de recursos de clientes da FTX foram desviados para a Alameda e usados pela empresa para pagar empréstimos a terceiros”, disse o documento da SEC.
O ex-CEO da FTX “desviou indevidamente os ativos dos clientes para seu hedge fund cripto de propriedade privada, Alameda Research LLC (“Alameda”) e, em seguida, usou o dinheiro deles para fazer investimentos de risco não divulgados, luxuosas compras de imóveis e grandes doações políticas”, afirmou.
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As acusações acontecem um dia depois que Bankman-Fried foi preso nas Bahamas. O Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA deve investigar a questão ainda hoje.
