Fora da Bolsa, Souza Cruz tenta novos caminhos em parceria com dona de Johnnie Walker e Smirnoff

A despedida da fabricante de cigarros ocorreu em outubro do ano passado e ainda é lamentada por uma legião de investidores

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Menos de um ano após sua triste despedida da Bovespa, a fabricante de cigarros Souza Cruz fechou uma parceria autorizada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) com a multinacional de bebidas Diageo para distribuir cachaça, uísque e vodca no mercado brasileiro.

O acordo com a dona de marcas como Johnnie Walker e Smirnoff coloca a companhia brasileira ainda mais na logística de outras marcas em um momento em que os negócios no mercado de fumo encontram-se em retração, conforme destaca reportagem do jornal Valor Econômico, enquanto a fabricante de bebidas vislumbra a oportunidade de atingir novos pontos de venda.

A despedida da Souza Cruz, hoje controlada pela British American Tobacco, ocorreu em outubro de 2015 e foi muito lamentada por diversos investidores que tinham o papel como um dos investimentos prediletos na Bovespa. Conhecida como companhia de perfil defensivo, a fabricante de cigarros era uma das maiores pagadoras de dividendos da Bolsa brasileira, distribuindo cerca de 97% de seus lucros. O posto de “queridinha do mercado” também foi conquistado por conta de resultados sólidos e recorrentes em um negócio bem estruturado, como os analistas que acompanhavam o papel costumavam dizer.

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O que mais doeu para muitos que tinham as ações CRUZ3 em carteira, no entanto, foi o preço pago pela BAT na OPA (Oferta Pública de Aquisição): R$ 27,20 por papel — patamar similar ao visto no papel seis meses atrás, apesar de ter sido poucas vezes alcançado no intervalo de dois anos antes do fechamento de capital.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.