Fomc, Copom, prévia do PIB e indústria na China e EUA: o que acompanhar nesta semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Rodrigo Tolotti

Fachada do Banco Central do Brasil

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SÃO PAULO – Após ficar alguns dias de lado depois de renovar diversas vezes sua máxima histórica, o Ibovespa acabou corrigindo na sexta, enquanto os investidores já se preparam para uma semana bastante agitada na bolsa, com uma nova “Super Quarta” de decisões de políticas monetárias.

Na quarta-feira (16) às 15h (horário de Brasília), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) divulga sua decisão de juros nos Estados Unidos e apesar da projeção de manutenção das taxas na faixa entre 0% e 0,25%, há uma grande expectativa sobre o comunicado.

Isso porque diante dos dados recentes de inflação, mostrando forte alta, analistas e investidores têm questionado se o banco central americano poderia antecipar a alta de juros no país, além da possibilidade de alterar seu programa de compras de títulos.

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“O Fomc poderá já trazer o debate do início da redução das compras de ativos, frente às surpresas altistas com a inflação e à consolidação da melhora da economia. Ainda assim, deve manter sua leitura de que as pressões da inflação são essencialmente temporárias, trazendo as restrições de oferta como elementos a serem observados”, avalia a equipe do Bradesco.

Mais tarde por aqui, após o fechamento da bolsa, será a vez do Comitê de Política Monetária (Copom) apresentar a nova Selic, com o mercado projetando uma nova alta de 0,75 ponto percentual, levando a taxa básica de juros para 4,25% ao ano.

Essa avaliação dos analistas foi reforçada após a surpresa altista do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na semana passada, combinada com as revisões positivas para o Produto Interno Bruto (PIB) naciaonal.

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Para o Bradesco, a decisão “deve ser acompanhada de uma reavaliação do Banco Central, indicando que o ajuste da taxa de juros pode ir além do ‘parcial’, esperado inicialmente”. Assim como nos EUA, o comunicado será importante para trazer as indicações dos próximos passos do BC sobre a política monetária.

Do lado dos indicadores, a semana estará um pouco mais vazia. Nesta segunda-feira (14) destaque para o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB. A projeção do mercado é que o dado mostre um crescimento de 0,45% da economia nacional em abril, reforçando as visões de que o país segue se recuperando.

No exterior, destaque para as produções industriais dos EUA e da China, ambas divulgadas na terça (15), uma pela manhã e outra à noite. Na maior economia do mundo a projeção é que a indústria tenha crescimento de 0,7% em maio na comparação com abril, enquanto no gigante asiático a expectativa é de alta de 18% no comparativo anualizado.

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Já no calendário corporativo, os próximos dias serão decisivos para o futuro da Eletrobras (ELET3; ELET6). Depois de aprovada na Câmara, a Medida Provisória que abre caminho para a privatização da companhia está no Senado e a expectativa é de que seja votada nesta semana sem grandes alterações, já que a MP perde a validade no dia 22 e não haveria tempo hábil para voltar à Câmara.

Importante o investidor lembrar ainda que a semana conta com os vencimentos de opções sobre o Ibovespa (dia 16) e sobre ações (dia 18), o que costuma trazer volatilidade para o mercado, principalmente envolvendo empresas blue chips.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.