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SÃO PAULO – Se as notícias não eram nada boas nos últimos meses para Eike Batista, o cenário que se desenhou para o empresário conseguiu ficar ainda pior na manhã da véspera, quando a OGX Petróleo (OGXP3) anunciou a suspensão do desenvolvimento de três poços em Tubarão Azul e com a redução drástica das perspectivas para a produção da companhia. Em meio a esse cenário, as ações da companhia fecharam na véspera com queda de 29,11%, a R$ 0,56.
Com isso, a companhia ganha mais uma vez destaque internacional e, neste cenário, o blog do Financial Times, Beyond Brics, questiona: “É o começo do fim para Eike Batista?”. A queda das ações na véspera foi considerada uma bomba pela publicação, que colocou a crise de confiança do empresário em outro patamar.
O cenário para os títulos de dívida da OGX também não é menos dramático. Os títulos com vencimento em 2018 no valor de US$ 2,6 bilhões e de US$ 1,1 bilhão para 2022 estão sendo negociados a patamares bastante baixos.
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Em meio à parada de produção de Tubarão Azul já em 2014, o futuro da companhia está agora no campo de Tubarão Martelo. Esse poço é o único projeto apontado no comunicado da empresa que manteve sua viabilidade e que deve continuar sua operação.
Efeito “dominóX”
A publicação destaca ainda que o anúncio deve ter impacto sobre o resto do império do grupo EBX. Enquanto o bilionário Eike Batista elogiava antes as sinergias entre as empresas do grupo como uma vantagem competitiva, hoje elas se apontam como a maior fragilidade do grupo, tornando-se agora passivos como dominós que começam a cair, um por um e seguidamente. A OSX Brasil (OSXB3), exemplo usado pelo Financial Times, tem a OGX como o seu maior cliente.
No cenário desenhado para Eike Batista, o blog do Financial Times também resolveu “aconselhar” o empresário. “Batista é conhecido por suas relações com modelos e atrizes. Em meio à queda cada vez mais alarmante do seu império, talvez tenha chegado a hora de passar mais tempo com um grupo menos glamouroso – o de especialistas em reestruturação”, ironiza.
