Fibria vê tendência de recuperação de preços de celulose na China, mas momento é incerto

O presidente da Fibria, Marcelo Castelli, disse em teleconferência que recentemente dois produtores rivais anunciaram aumentos de preços, o que reforça a visão de que poucas companhias estão operando sem problemas no nível de preço menor atingido em março

Reuters

Fotografias aŽreas da Fibria Unidade Aracruz-ES.

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SÃO PAULO (Reuters) – A Fibria (FIBR3) disse ver tendência de alguma recuperação dos preços da celulose vendida na China, mas é incerto quando pode anunciar um aumento.

O presidente da Fibria, Marcelo Castelli, disse em teleconferência nesta quarta-feira que recentemente dois produtores rivais anunciaram aumentos de preços, o que reforça a visão de que poucas companhias estão operando sem problemas no nível de preço menor atingido em março e que se mantém relativamente estável em abril.

Porém, o executivo acrescentou que a Fibria ainda precisa ter certeza e consistência de que vai emplacar um aumento. “Não vamos anunciar até que tenhamos fundamentos mais claros”, disse.

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Em seu balanço do primeiro trimestre, divulgado nesta quarta-feira, a Fibria disse que a pressão sobre os preços iniciada no fim do ano passado pelos clientes chineses continuou ao longo do início deste ano, mas que o sentimento de que os preços atingiram o piso no fim do primeiro trimestre levou a uma retomada dos volumes de vendas para os chineses no mês passado.

“Em março os embarques foram positivos, mostrando que a China após o Ano Novo Chinês de fato voltou um pouco. Mais tardiamente que o normal… mas a demanda voltou firme”, afirmou o presidente da Fibria.

Castelli não quis especificar quando um aumento de preços pode ocorrer, mas a rival Eldorado Brasil, do grupo J&F, que tem na Ásia seu principal mercado, disse na semana passada esperar uma retomada a partir de junho.

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Os últimos dados apurados pela consultoria finlandesa Foex e compilados por analistas mostraram queda semanal no preço da celulose de 2,8 dólares, ou 0,6 por cento, para 499,3 dólares a tonelada, na China.

Na Europa, a Fibria disse que não experimentou nenhuma queda relevante na demanda.

Em outra frente, a companhia disse estar chegando a um pico de pressão de custos pelo lado da madeira.

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No primeiro trimestre, o custo caixa de produção subiu 6 por cento sobre o quarto trimestre, a 699 reais a tonelada, diante de maior distância entre fábrica e florestas (raio médio) e maior participação do uso de madeira de terceiros.

A companhia tem como meta um percentual de madeira de terceiros para 2016 na faixa de 38 por cento. No primeiro trimestre, esse percentual ficou em pouco mais de 40 por cento, o que não afeta a meta para o ano, disse Castelli, e mostra que a companhia está chegando a um pico de pressão de custos com madeira.

Sobre o projeto de expansão em Três Lagoas (MS), a Fibria disse que, em maio, estará com todas as linhas de financiamento garantidas. A entrada em operação segue dentro do cronograma, previsto para o último trimestre de 2017.

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A respeito de uma consolidação no mercado, o presidente da empresa afirmou que a administração “não participa ativamente de nenhuma conversa” nesse sentido, e que a discussão “perdeu sentido nesse momento, não se sabe por quanto tempo”.

A Fibria disse ainda que proposta de 300 milhões de reais em dividendos vai ser deliberada para pagamento em 9 de maio.

As ações da companhia exibiam queda de 3,4 por cento às 10h39, enquanto o Ibovespa mostrava valorização de 1,4 por cento.

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