Ampliando atuação e aproveitando ponto forte, Via oferecerá serviços de logística até para concorrentes

Lançamento deve ser feito no quarto trimestre de 2021 e a companhia oferecerá serviços de coleta, armazenagem e entrega de mercadorias

Equipe InfoMoney

Loja da Casas Bahia em shopping (Shutterstock)

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A Via (VVAR3), antiga Via Varejo e dona das Casas Bahia e Ponto (antiga Ponto Frio), está desenvolvendo um pacote de serviços logísticos para o marketplace, que vai desde a armazenagem dos produtos e recebimento dos pedidos até a entrega do item ao consumidor.

O lançamento deve ser feito no quarto trimestre de 2021 e a companhia oferecerá serviços de coleta, armazenagem e entrega de mercadorias.

A Via adotará essa atividade como um negócio autônomo, que também poderá ser usada por seus concorrentes, como Magalu (MGLU3) e Americanas ([ativo=LAME4), principalmente para a logística de itens pesados, ponto forte da empresa.

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Outra opção para os lojistas será vender em qualquer site ou aplicativo da companhia, podendo deixar os produtos estocados em suas centrais. A Via recebe um percentual sobre a venda, entre 13,5% e 16%.

A Via já conta com 27 centros de distribuição espalhados pelo país, e um novo centro será aberto em outubro na cidade de Extrema (MG) para atender os vendedores, já começando esse ano a armazenar itens mais pesados, como fogões e refrigeradores.

Conforme destaca a Levante Ideias de Investimentos, o diferencial está neste ponto. Enquanto os principais concorrentes da Via realizam entregas de pesado apenas para os lojistas parceiros da própria plataforma, a Via passa a oferecer para qualquer marketplace, ampliando sua gama de atuação e aproveitando-se de seu ponto forte.

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“Com esse novo projeto, a Via mostra que está inovando e correndo atrás de seus concorrentes, que começaram a explorar seus marketplaces antes e já possuem um modelo de fulfillment bem desenvolvido. O termo fulfillment, muito usado no e-commerce, quer dizer que o estoque dos vendedores é gerenciado pela própria empresa – desde o armazenamento da mercadoria até a entrega para o cliente.

Assim, os analistas veem esse movimento como positivo para a empresa, que poderá monetizar a sua estrutura logística.

A Levante vê que o projeto já  deve começar a apresentar resultados no quarto trimestre, que conta com datas como Black Friday e Natal, muito importantes para as varejistas. Porém, a completa implementação do projeto só se dará em 2022, podendo contar com uma plataforma de logística de consumidores para consumidores, fazendo o transporte de produtos entre pessoas físicas.

Atualmente, a companhia conta com cerca de 26 mil lojistas em seu marketplace, com expectativas de atingir entre 70 mil e 90 mil lojistas até o fim do ano, acelerando a receita nessa linha de negócio. Além disso, ela vem melhorando a velocidade de suas entregas, chegando a 40% do total em até 24 horas, contra 17% de um ano atrás.

Apesar da melhora o índice é ainda mais baixo que suas concorrentes (51% do Magalu, MGLU3, benchmark do setor), o que demonstra o espaço que a companhia ainda tem para melhorar, apontam os analistas.

Cabe destacar que, na semana passada, a Via passou a contribuir com os dados da Ebit Nielsen, algo que não fazia desde janeiro de 2019, aumentando o tamanho do mercado mensurado de e-commerce em 10% e também elevando as estimativas para a companhia.

O novo tamanho de mercado estimado pela Ebit é de R$ 95,7 bilhões, ou R$ 8,7 bilhões a mais que os R$ 87 bilhões estimados anteriormente, e esses quase R$ 9 bilhões a mais de receita são totalmente atribuíveis à Via.

Conforme destacou a Guide Investimentos, a Via representa mais no mercado de e-commerce do que se imaginava. “A sua capacidade de crescimento e execução vinha sendo subestimada quando comparada a seus pares”, avaliarm os analistas da casa.

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