Ifix fecha sessão com perdas de 0,10%; FII CARE11 sobe 4% e é destaque

O IFIX – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta terça-feira (8) em queda de 0,10%, aos 2.984 pontos. O FII Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11) liderou a lista das maiores altas do dia, com elevação de 3,94%. Confira os demais destaques do pregão ao longo do Central de FIIs.

Detentor de mais de 16% das cotas do FII CSHG Prime Offices (HGPO11), o JS Real Estate Multigestão (JSRE11) cobra respeito às regras da assembleia geral extraordinária (AGE) que discutiu a venda dos imóveis do fundo investido.

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No mês passado, o HGPO11 colocou em votação a proposta para a venda dos edifícios Metropolitan e Platinum, localizados próximos à Avenida Faria Lima, em São Paulo (SP). Pela ata da AGE, 32,85% dos cotistas votaram contra o negócio, enquanto 32,53% se manifestaram favoráveis.

O documento relata, porém, uma série de polêmicas ao longo do encontro, entre elas, o questionamento sobre a contabilização de votos enviados depois do prazo determinado. Sem eles, o resultado da consulta seria diferente – ou seja, pela venda dos imóveis.

Em seu relatório gerencial, o JS Real Estate Multigestão reforçou a discordância sobre a decisão e cobrou respeito às regras pré-definidas pelo administrador do fundo investido, o Credit Suisse.

“Na nossa visão, as regras para contabilização dos votos devem ser claras e transparentes, de modo a assegurar a isonomia entre os cotistas”, prega o documento. “Portanto, as datas limites para aceitação dos votos constantes nos materiais de comunicação com os cotistas do fundo precisam ser respeitadas”, complementa o texto.

Diante da polêmica e ainda na assembleia, a administradora prometeu consultar a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre os questionamentos levantados na AGE.

Localizados em uma região nobre para o segmento de lajes corporativas, os imóveis do HGPO11 somam uma área bruta locável (ABL) de 12.613 metros quadrados. A vacância hoje está na casa dos 5%. A alienação dos imóveis representaria a liquidação do fundo, que está em operação desde outubro de 2010.

O interessado em comprar os imóveis estava disposto a pagar R$ 466 milhões pelos espaços, montante equivalente a cerca de R$ 37 mil por metro quadrado, proposta considerada positiva pelo JS Real Estate Multigestão.

Outro grupo de investidores, como a RBR Asset – que tem participação no HGPO11 por meio do FII RBR Alpha (RBRF11) – discorda e avalia que os edifícios não deveriam ser vendidos por menos de R$ 40 mil o metro quadrado.

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Maiores altas desta terça-feira (8):

Maiores baixas desta terça-feira (8):

Fonte: B3

CJCT11 anuncia amortização de R$ 21,06

O FII Cidade Jardim Continental Tower anunciou amortização – devolução de capital para os investidores – de R$ 66,1 milhões, montante equivalente a R$ 21,06 por cota, sinaliza fato relevante divulgado pelo fundo.

O recurso é resultado da venda de seis conjuntos de propriedade do fundo na Torre 3 – Continental Tower, que faz parte do condomínio Cidade Jardim Corporate Center, em São Paulo (SP).

Diante do negócio, o fundo pretende depositar R$ 3,51 por cota no próximo dia 17 e mais R$ 17,55 no dia 21 de junho de 2023.

De acordo com o comunicado ao mercado, apenas os cotistas com posição no final da sessão desta segunda-feira (7) terão direito à amortização.

Os conjuntos negociados representam 5.650 mil metros quadrados de uma ABL total do fundo de 24.789 mil metros quadrados – 49% da área do edifício, único imóvel do fundo. Até então, a taxa de vacância do portfólio estava em 41,7%.

Do segmento de escritórios, o CJCT11 é um fundo de gestão passiva, ou seja, não há previsão de compra de imóveis para substituição de ativos vendidos. A alienação dos espaços resultará sempre em amortização.

Dividendos hoje

Confira quais fundos distribuem rendimentos nesta terça-feira (8):

Fonte: StatusInvest

Giro Imobiliário: mercado de FIIs ganha 45 mil novos investidores em outubro; aluguel residencial sobe 0,10% no mês passado

Mercado de FIIs ganha 45 mil novos investidores em outubro e se aproxima da marca de 2 milhões

O mercado de fundos imobiliários ganhou em outubro 45.071 novos investidores, aponta relatório mensal da B3 divulgado nesta segunda-feira (7). Em setembro, o número bateu 73 mil, o maior do ano para um único mês. De acordo com o levantamento, há atualmente 1,948 milhão de investidores pessoas físicas de FIIs.

A participação dos CPFs na base de investidores de fundos imobiliários é de 74,3%. Os investidores institucionais aparecem na sequência, com 19,4%. Em relação ao volume negociado, as pessoas físicas são responsáveis por 67,6% do total.

Ainda segundo o estudo da B3, o patrimônio líquido dos fundos imobiliários ficou em R$ 189 bilhões em setembro – última medição –, acima dos R$ 188 bilhões registrados em agosto. O valor de mercado dos FIIs também subiu entre os dois meses, de R$ 149 bilhões para R$ 150 bilhões.

O volume médio diário de negociação dos FIIs em 2022 está em R$ 240 milhões, abaixo do número registrado no ano passado, de R$ 269 milhões – o maior da história na comparação anual.

Aluguel residencial sobe 0,10% em outubro após cair 0,02% em setembro, diz FGV

Os aluguéis residenciais subiram 0,10% em outubro, depois de terem recuado 0,02% em setembro. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em 12 meses, o índice acumulou uma alta de 11,56%.

O IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis. Até então, a FGV coletava informações de anúncios de imóveis residenciais para locação, e não os valores efetivamente negociados.

Quanto aos resultados das quatro capitais que integram o índice da FGV, o aluguel residencial em São Paulo passou de uma queda de 0,18% em setembro para um recuo de 0,69% em outubro. No Rio de Janeiro, o índice saiu de alta de 0,77% para aumento de 0,04% no período; em Belo Horizonte, de elevação de 0,26% para alta de 0,86%; e em Porto Alegre, de recuo de 0,37% para aumento de 1,10%.

No acumulado em 12 meses, os aluguéis avançaram 10,68% em São Paulo; 10,33% em Porto Alegre; 15,66% em Belo Horizonte; e 12,07% no Rio de Janeiro.