As 5 maiores altas e as 5 maiores baixas do Ibovespa no mês de abril

Ações do Assaí se destacaram como a maior baixa do mês, enquanto EzTec, BTG Pactual e Ecorodovias tiveram os maiores ganhos do período

Rodrigo Tolotti Lara Rizério

(Getty Images)

Publicidade

O Ibovespa registrou alta de 2,5% em abril, recuperando-se parcialmente após uma queda de quase 3% em março. O noticiário sobre o arcabouço fiscal e sinais de desaceleração da inflação no Brasil e nos Estados Unidos (ainda que haja debate sobre os próximos passos sobre juros) estiveram no radar dos investidores no período.

Entre as maiores altas do mês, estiveram as ações de EzTec (EZTC3), BTG Pactual (BPAC11) e Ecorodovias (ECOR3), com avanço de cerca de 19%, enquanto Assaí (ASAI3) se destacou como a maior perda do índice, com baixa de cerca de 20%.

Confira as maiores altas e baixas do mês:

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Maiores altas

EzTec (EZTC3): + 19,29%

Analistas já destacavam desde o fim do mês passado que a EzTec pudesse ser uma oportunidade em um cenário de queda dos juros. Essa visão, por sinal, motivou a elevação da recomendação da ação de neutra para equivalente à compra no fim de março pelo Itaú BBA.

Os analistas avaliaram que a EZTC3 oferecia uma assimetria atraente, além de possuir um caixa líquido e uma torre corporativa em construção que representa 30% do valor de mercado da companhia; e as expectativas de lucro já foram revisadas pra baixo, deixando pouco espaço para novas revisões negativas.

De acordo com os analistas do banco, o mercado de construção de média renda se beneficia com inflexões no cenário macro, que estimam estar perto de acontecer.

Continua depois da publicidade

A companhia ainda divulgou prévia do primeiro trimestre em meados de abril. Ela atingiu R$ 418 milhões em vendas, reduzindo seu estoque em 11%. Do volume vendido, R$ 271 milhões são de estoque em obra, o maior volume da história da companhia, conforme destacou.

“Acreditamos que os resultados operacionais do primeiro trimestre foram decentes, já que a recente campanha de vendas da Eztec (Estilo EZ) e a Home Store já deram frutos, reduzindo os estoques em 8% no trimestre. Apesar da perspectiva mais desafiadora para construtoras residenciais de médio/alto padrão, mantemos uma recomendação de compra na Eztec”, apontou o BTG na ocasião.

BTG Pactual (BPAC11): +19,19%

A unit do BTG Pactual registrou desempenho positivo e foi destaque de alta do Ibovespa após um comecinho de ano em que esteve as voltas com o caso Americanas (AMER3). De qualquer forma, mesmo com as provisões para perdas da varejista em recuperação judicial, a companhia conseguiu apresentar resiliência dos seus resultados do 4T22, divulgados no início do ano.

As expectativas do mercado se voltam agora para os números do primeiro trimestre de 2023, a serem divulgados no dia 8 de maio, antes da abertura do mercado.

“Esperamos que os lucros reportados se recuperem em 19% no trimestre no BTG, já que o 4T22 foi impactado em R$ 580 milhões devido à Americanas”, aponta o Goldman Sachs. As receitas, por sua vez, devem ser impactadas por menores captações e atividade mais fraca do mercado de capitais, mas os analistas da casa seguem com recomendação de compra para a unit da companhia.

Já a XP aponta que, apesar da pressão das taxas de juros elevadas sobre o segmento de mercados de capital, espera resultados ligeiramente positivos para o BTG Pactual, favorecido pelo crédito corporativo e Sales & Trading.

Além disso, antecipa que os segmentos de gestão de ativos (asset management) e gestão de patrimônio (wealth management) devem continuar se desempenhando bem neste trimestre.

Como ponto negativo, os recentes eventos adversos nos mercados de crédito devem afetar a linha de banco de investimento. Em geral, veem a receita crescendo +32% no trimestre e +10% na base anual. Isso deve resultar em um lucro líquido recorrente de R$ 2,2 bilhões (+8% na base anual e +26% no trimestre).  A XP tem recomendação neutra para a unit, com preço-alvo de R$ 30, vendo a sólida execução do BTG como já precificada (dado o atual prêmio em relação aos seus pares).

Ecorodovias (ECOR3): +19,11%

Depois de dados do quarto trimestre de 2022 considerados positivos, indicadores dos primeiros três meses também animaram, assim como a perspectiva de que a empresa possa ser beneficiada em um cenário de queda de juros (que, ainda que não iminente, está mais próximo de acontecer).

O Itaú BBA destacou os dados positivos de tráfego da Ecorodovias em março (+3% na comparação anual em base comparável), aliados ao ramp-up (início de operação) de novas concessões, que devem impulsionar o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês). “Dito isso, nossas preocupações com a alavancagem de longo prazo da empresa nos impedem de assumir uma posição mais otimista”, avaliam.

Em análise sobre as projeções para o primeiro trimestre, analistas do BTG Pactual também apontam que a Ecorodovias já divulgou seu tráfego para o trimestre com números positivos (+4% no ano e +22% no ano em uma base consolidada, com a diferença decorrente da EcoRioMinas e Ecovias do Araguaia). Em uma base consolidada, estimam receitas de R$ 1,1 bilhão (+46% na comparação anual e estável no trimestre) e Ebitda ajustado de R$ 784 milhões (+65% na base de comparação anual e estável no trimestre), produzindo uma margem de 70% (-50 pontos-base frente o 4T22t).

A estimativa de lucro líquido é de R$ 95 milhões no 1T23 (em comparação com R$ 12 milhões no último trimestre).

“No conjunto, vemos a ECOR3  como uma tese interessante para um cenário de taxas de juro menores (se houver cortes nas taxas), especialmente devido a melhores expectativas de tráfego para 2023, embora consideremos que a alavancagem e os compromissos de capital elevados permanecem sendo desafios de curto prazo”, apontam os analistas do banco.

São Martinho (SMTO3): +16,21%

O começo de ano também foi positivo para as ações da empresa sucroenergética São Martinho, em meio às notícias sobre maiores cobranças de impostos de combustíveis impactando menos o etanol, tornando-o mais competitivo, e também com analistas apontando uma melhora do mercado.

O Bank of America destacou que, após volátil safra 22/23, as perspectivas para o setor sucroalcooleiro são sequencialmente melhores em 23/24. Uma alta no preço do açúcar em meio a um mercado global mais apertado, uma recuperação gradual nos preços do etanol e boas condições da safra devem impulsionar a recuperação dos resultados na base anual.

Apesar da visão mais positiva, contudo, o BofA reiterou nesta semana recomendação neutra para a ação SMTO3, ainda que elevando o preço-alvo de R$ 30 para R$ 32.

Os analistas veem um limitado potencial de valorização e maior exposição ao etanol como combustível do que seus pares.

Copel (CPLE6): +15,56%

A companhia paranaense de energia passou por anúncios durante o mês que aproximaram a estatal da privatização, impulsionando a ação.

Em meados de abril, o bônus de outorga para renovar por 30 anos as concessões das três UHEs mais relevantes da Copel foi fixado em R$ 3,7 bilhões, condicionado à transferência do controle para um player privado. No entanto, uma eventual privatização deve permitir que a Copel mantenha o controle das UHEs.

Adicionalmente, o Estado do Paraná informou que o Supremo Tribunal Federal homologou um acordo entre o Estado do Paraná e o Itaú, referente à dívida envolvendo ações da Copel como garantia.

“Com o acordo, mais um risco foi eliminado, deixando o Estado livre para fazer uma oferta secundária do tamanho que precisa. Vemos as notícias como positivas, demonstrando que nosso cenário mais otimista (privatização da Copel e renovação das concessões das três maiores UHEs – permitindo que a Copel mantenha o controle das UHEs – até o final de 2023) está cada vez mais próximo”, apontou a XP em análise.

Nesta semana, o jornal Valor ainda noticiou que a Copel iniciou a fase de conclusão do sindicato de bancos que vai conduzir a oferta subsequente de ações (follow-on) de R$ 5 bilhões que visa a privatização da estatal, em linha com o modelo calculado pelo Bradesco BBI que aponta a movimentação de R$ 2 bilhões em oferta primária e R$ 3 bilhões em oferta secundária (ONs vendidas pelo governo estadual).

Mas também vale ficar de olho no noticiário político sobre o caso. Um grupo de deputados do Paraná ligados à da Frente Parlamentar das Estatais e das Empresas Públicas entrou nesta semana com uma representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionando o processo de privatização e alegando que foi cometida uma série de infrações no processo.

Já a Copel informou em nota que, “a transformação da companhia em corporação, definida pelo Estado do Paraná a partir de lei aprovada na Assembleia Legislativa, ocorre em respeito a toda a legislação que rege o referido processo, o que inclui o regramento para empresas de capital aberto, com a fiscalização do Tribunal de Contas do Estado do Paraná”.

Confira as maiores altas do Ibovespa em abril:

Empresa Ticker Preço Variação percentual
EzTec EZTC3 R$ 14,53 +19,29 %
BTG Pactual BPAC11 R$ 23,42 +19,19 %
Ecorodovias ECOR3 R$ 6,17 +19,11 %
São Martinho SMTO3 R$ 31,40 +16,21%
Copel CPLE6 R$ 8,02 +15,56 %

Maiores baixas

Assaí (ASAI3): -20,59%

Liderando as perdas de abril com certa folga, as ações da companhia de atacarejo Assaí passaram praticamente o mês inteiro no negativo, pressionada principalmente pela fala de seu presidente, Belmiro Gomes, em teleconferência no último dia 5 sobre uma revisão dos investimentos da empresa para este ano.

Havia um rumor sobre uma oferta primária de ações da companhia, que foi desmentido pelo executivo. Ele, por outro lado, confirmou a revisão e a possibilidade de venda de ativos, o que piorou a percepção do mercado sobre o futuro do Assaí.

Segundo Gomes, está ocorrendo uma revisão dos investimentos por conta do aumento do custo do capital com a Selic. “Não há uma discussão de oferta primária neste momento. O que temos é uma discussão, ainda em andamento, sem decisão tomada, de revisão de investimentos orgânicos em 2023 e 2024, para fazer frente ao aumento do custo da dívida”, disse.

O executivo afirmou que há 22 obras de lojas em andamento neste momento, com conversões de unidades de Extra em Assaí, e isso está mantido “por enquanto”. “Se formos a uma Selic de 16%, 17% ao ano, aí a empresa vai cortar investimentos, mas hoje a questão ainda está em estudo e pode ter ou não mudanças nos planos de 2023 e 2024”, completou.

Além disso, há também considerações com o resultado da companhia, que será divulgado no próximo dia 4. Para os analistas da Genial Investimentos, o Assaí deve sofrer uma pressão relevante do seu alto nível de alavancagem, podendo ser impactado pelo cronograma de pagamentos com a compra de lojas do Extra.

Eles estimam um lucro líquido de R$ 41 milhões no período, uma queda de 81% na comparação anual, implicando em uma margem líquida de 0,3%, um recuo de 160 pontos-base.

“Porém, acreditamos que esse impacto será temporário. A rápida maturação das lojas convertidas, que vem apresentando performance de vendas entre 2,0x e 2,5x superior ao formato de hipermercado, deve continuar ajudando a diluir o peso das despesas operacionais nos próximos trimestres. Adicionalmente, passados os pagamentos das lojas convertidas, as novas unidades devem impulsionar a geração de caixa operacional, aliviando o nível de alavancagem da companhia a partir do 2S23”, conclui a Genial.

Natura (NTCO3): -16,21%

Em seguida ficaram os papéis da Natura, que no início do mês anunciou a tão aguardada venda da Aesop para a L’Oreal por US$ 2,5 bilhões. A notícia, que em um primeiro momento pode parecer positiva, acabou desencadeando uma forte queda das ações desde então.

Analistas realmente avaliaram bem a venda, dizendo que ela reduzia efetivamente a alavancagem da Natura e forneceria à empresa a flexibilidade financeira necessária para conduzir mudanças estruturais em marcas que atualmente não geram caixa, como destacou o Goldman Sachs.

Por outro lado, o próprio banco ressaltou que a notícia também trouxe riscos. “Cortar operações deficitárias e mercados é, em última análise, necessário para melhorar a lucratividade, em nossa opinião, mas também vemos desafios na redução do negócio”, apontaram os analistas.

Na ocasião, o Goldman manteve a recomendação neutra para as ações NTCO3, pois buscava sinais de uma recuperação bem-sucedida na lucratividade, além de uma melhor visibilidade no futuro para o crescimento orgânico da Avon Latam, TBS e Avon International.

Sobre a queda dos papéis, os analistas disseram que o movimento refletiu uma “mudança do foco do investidor para o negócio principal”, além de um possível cenário de investidores embolsando lucros, já que no ano, até o dia 3 de abril (quando a venda foi anunciada), os ativos da Natura já haviam subido 28%, enquanto o Ibovespa caiu 5%.

Ainda nesse ambiente de começar a focar nas operações que se mantiveram no grupo e tentando retomar a lucratividade desses ativos, a Natura anunciou no dia 19 a saída do presidente-executivo da marca The Body Shop, David Philip Boynton, o que, segundo o JPMorgan, não foi uma surpresa após a “deterioração significativa dos resultados operacionais da marca nos últimos anos”.

Minerva (BEEF3): -15,54%

A Minerva chamou atenção com um desempenho bem pior que seus pares, que tiveram apenas leves quedas no mês. Mesmo com abril começando com a retomada das exportações para a China após uma paralisação por conta de casos de “vaca louca”, a companhia teve uma forte queda, de mais de 15%, conforme analistas projetam um resultado fraco de 1º trimestre.

Segundo a XP Investimentos, os números do frigorífico devem ser bastante impactados pela falta das vendas para o gigante asiático nos três primeiros meses do ano, com uma paralisação que demorou 29 dias. Mas os analistas apontam também que o apetite foi menor que o esperado quando as exportações foram retomadas.

“Vemos a Minerva negociando com um valuation interessante, mas as preocupações de curto prazo que devem continuar afetando negativamente o desempenho das ações, na nossa opinião”, afirma a XP.

Para os analistas, esse valuation ainda não deve desencadear uma retomada dos papéis por conta de preocupações de curto prazo para os investidores, em especial: (i) o apetite chinês; (ii) o desempenho da Argentina; e (iii) a taxa de câmbio. “Seguimos otimistas com o retorno da China e já contabilizamos o pior câmbio e o desempenho da Argentina. Portanto, seguimos confiantes de que a Minerva aproveitará os preços mais baixos do gado para obter melhores margens e recuperar resultados nos próximos trimestres”, concluem.

Méliuz (CASH3): -14,85%

Apesar de não ter uma notícia específica que tenha puxado os papéis, o Méliuz segue um movimento negativo que já dura algum tempo. Exatamente no primeiro dia de pregão de abril, as ações passaram a negociar abaixo de R$ 1,00 (algo que já havia ocorrido no início de março), o que, além de levar a variações percentuais mais fortes do preço por conta do seu baixo valor de face, também cria riscos para a companhia, que inclusive pode sair do Ibovespa se não resolver a questão.

Diante disso, a empresa já havia anunciado no dia 27 de março a aprovação pelo seu Conselho de uma proposta de grupamento e desdobramento simultâneos de suas ações ordinárias, por meio da qual cada grupo de cem ações será agrupado em uma ação, enquanto cada uma ação será desdobrada em dez.

O Méliuz tem apresentado prejuízos constantes e no mês passado divulgou que teve resultado negativo de R$ 5,4 milhões no 4º trimestre de 2022. Apesar do número indicar uma redução de 82% em relação ao prejuízo de R$ 29,7 milhões do mesmo intervalo de 2021, ainda não foi suficiente para animar o mercado.

Vale lembrar que a companhia anunciou em março a venda do Bankly para o BV, uma operação dada como positiva, mas que ainda deve demorar para ser concluída já que depende da aprovação do Banco Central.

Carrefour Brasil (CRFB3): -12,74%

Não bastasse o cenário já bastante conturbado para o setor de consumo diante do cenário perigoso de crédito e surpresas ruins para diferentes empresas do setor, o mês do Carrefour também foi muito agitado.

Ainda na primeira quinzena de abril, a companhia anunciou um acordo com os vendedores do Grupo BIG, em que poderá haver uma redução no preço de até R$ 1 bilhão após a liberação de certas obrigações não divulgadas que o vendedor tinha no contrato de compra original. O acordo foi fechado em junho de 2022 por um total de R$ 7,5 bilhões, que já foram totalmente pagos em dinheiro e ações.

Na ocasião, o JPMorgan disse ter uma leitura mista do anúncio, pois ele adicionou ruído extra em relação à situação geral do Grupo BIG, especialmente sobre a condição/desempenho das lojas e responsabilidades que vieram com a operação.

Poucos dias depois, as ações do Carrefour desabaram mais de 8% após o UBS BB cortar sua recomendação para a empresa de compra para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 21 para R$ 13. De acordo com os analistas, os custos de integração do Grupo BIG contribuíram para a pressão de margem Ebitda de cerca de 1,5 ponto percentual do grupo no quarto trimestre de 2022, tendência que os analistas esperam que se mantenha, enquanto as vendas de lojas convertidas ainda não amadureceram.

Já no último dia 24, a companhia divulgou sua prévia operacional, com vendas consolidadas de R$ 27,1 bilhões no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 30,7% na comparação com o mesmo período de 2022, como combinação de crescimento de vendas mesmas lojas (LfL, ou SSS), expansão orgânica do Atacadão e integração do Grupo BIG, que representou 17,3% do crescimento total.

Porém, no geral, analistas de mercado destacaram os números entre neutros e levemente negativos, com desaceleração das vendas e um ambiente concorrencial mais forte.

Confira as maiores quedas do Ibovespa em abril:

Empresa Ticker Preço Variação percentual
Assaí ASAI3 R$ 12,29 -20,59%
Natura NTCO3 R$ 11,06 -16,21%
Minerva BEEF3 R$ 8,55 -15,54%
Méliuz CASH3 R$ 0,86 -14,85%
Carrefour Brasil CRFB3 R$ 10,75 -12,74%

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.