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SÃO PAULO – O faturamento da agronegócio brasileiro atingiu R$ 537,63 bilhões em 2005. Apesar de alto, esse número é 4,66% menor do que o registrado em 2004.
Quando o setor agropecuário é analisado, o recuo é maior: 9,79% no ano passado em relação ao ano anterior; o que reflete um faturamento de R$ 153,04 bilhões e recuo de R$ 16,6 bilhões na comparação com o resultado de 2004.
Esse balanço foi divulgado na última sexta-feira (17) pelo chefe do Departamento Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Getúlio Pernambuco.
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Motivos
Pernambuco mencionou como motivos a perda de produção por problemas climáticos, aumento dos estoques mundiais de alimentos, casos de febre aftosa e a valorização do real.
O coordenador da área de Comércio Exterior da CNA, Antônio Donizeti Beraldo, ressalta também que, apesar do crescimento de 8,5% do agronegócio nos dois primeiros meses deste ano quando comparado ao ano passado, o crescimento vem desacelerando. No primeiro bimestre de 2005, lembra Beraldo, o crescimento foi de 23,4% em relação a 2004.
Com isso, a participação do setor nas exportações brasileiras caiu de 35,2% para 32,3% no período, diante de um saldo comercial de US$ 43,5 bilhões.
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Setor é sensível a crises
“[O agronegócio] é o mais sensível a crises, pois exporta 40% do que produz, enquanto no resto da economia as exportações ficam entre 15% a 20% da produção”, explica Beraldo. Ele espera estabilidade nas exportações este ano, mas um aumento de US$ 1 bilhão nas importações.
Para o especialista, o que não está bom pode piorar. Se o Brasil registrar casos de gripe aviária, exemplifica Beraldo, os prejuízos serão maiores, uma vez que a soja configura-se em um dos principais componentes da ração na avicultura. Essas informações são da Agência Brasil.
