Facebook começa a testar carteira de criptomoedas Novi

Rede social adota stablecoin da Paxos para lançar carteira de cripto para os primeiros usuários no mundo

Paulo Barros

(Foto: Alex Haney/Unsplash)

Publicidade

SÃO PAULO – O Facebook dá a largada, nesta terça-feira (19), nos testes públicos da carteira de criptomoedas Novi, antiga Calibra. O projeto-piloto é realizado em parceria com as exchanges Paxos, que ajudará na emissão do ativo a ser guardado no software, e Coinbase, responsável pela custódia.

Os testes com a Novi acontecem primeiramente nos EUA e na Guatemala, com foco em remessas internacionais. “As remessas são uma forma crítica de alcançar a inclusão financeira. As pessoas podem enviar e receber dinheiro instantaneamente, com segurança e sem taxas”, disse o executivo David Marcus, do Facebook.

A carteira Novi foi inicialmente pensada para operar com a stablecoin Diem, desenvolvida pela Diem Foundation (antiga Libra Foundation), mas a demora para liberação regulatória, aliada ao adiamento do projeto após a saída de parceiros de renome como a Mastercard, mudaram os planos da empresa.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

No período de testes, depósitos em dólar na conta do usuário serão disponibilizados na carteira em Pax Dollar (USDP), ativo que tem paridade com a moeda americana. A expectativa é que, no futuro, o Facebook substitua a USDP pela Diem no aplicativo.

A rede social tinha planos ambiciosos para seu projeto de criptomoedas. A ideia inicial envolvia, por exemplo, a criação de uma stablecoin lastreada em diversas moedas nacionais – algo como a Dai (DAI), mas com moeda fiduciária.

No entanto, a empresa foi obrigada a voltar atrás após pressão regulatória nos EUA. Para autoridades americanas, a criptomoeda do Facebook ameaçaria a soberania do dólar e poderia eventualmente se tornar uma moeda poderosa, especialmente em países mais pobres.

Continua depois da publicidade

Desde então, a empresa focou em uma stablecoin mais tradicional, que busca refletir o preço de uma única moeda, como o dólar.

Até onde vai o Bitcoin? Especialista da Levante dá aula gratuita sobre o futuro da criptomoeda. Clique aqui para assistir

Paulo Barros

Editor de Investimentos