Exportações evitam contração pior na zona do euro no 3o trimestre

Retração da economia da região foi confirmada em 0,1% em relação ao trimestre anterior, segundo a Eurostat

Reuters

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BRUXELAS – As exportações salvaram a zona do euro de uma recessão mais profunda no terceiro trimestre deste ano, enquanto as empresas esvaziaram os depósitos e cortaram investimentos, colocando o ônus de guiar a recuperação sobre o comércio.

A retração geral da produção econômica no período entre julho e setembro foi confirmada em 0,1% em relação ao trimestre anterior, informou nesta quinta-feira (6) o escritório de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat.

Em linha com as expectativas, a leitura coloca o bloco de 17 países em sua segunda recessão desde 2009, resultado dos estagnados gastos do governo e consumo das famílias, e de uma contribuição menor do investimentos e dos estoques no trimestre, afirmou a Eurostat em sua segunda divulgação dos dados.

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A Eurostat divulgou sua primeira estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 15 de novembro e confirmou o número nesta quinta-feira, mostrando que desaceleração do crescimento na Alemanha e na França, contração na Itália e estagnação na Bélgica.

A Holanda registrou a maior queda no trimestre, recuando 1,1% na comparação com o trimestre anterior.

Embora os números mostrem recessão, economistas e autoridades estão divididos sobre se o pior ainda está por vir para o bloco, que gera um quinto da produção global e tem sido enfraquecido –primeiramente pela crise financeira entre 2007 e 2009 e depois pela crise da dívida da zona do euro.

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A Comissão Europeia vê modesto crescimento de 0,1% no ano que vem, enquanto a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e muitos bancos de investimento veem uma continuidade da recessão em 2013, o que elevaria níveis recordes de desemprego e prejudicaria o resto da atividade no mundo.

O Banco Central Europeu (BCE) pode diminuir suas projeções para o crescimento em sua reunião nesta quinta-feira, afirmam economistas.