ETFs de criptomoedas são os mais rentáveis em 2021; confira ranking

Mercado de ETFs teve forte crescimento este ano com a entradas dos fundos internacionais, chegando a 148 ativos disponíveis para investimento

Rodrigo Tolotti

Em 2021 o Brasil tem chamado atenção da comunidade cripto no mundo todo por ter lançado diversos produtos regulados em Bolsa com exposição a ativos digitais. Além de fundos, que existem desde 2019, o país lançou cinco ETFs (fundos negociados em Bolsa) de criptoativos neste ano, sendo pioneiro no mundo com esse tipo de produto.

Os Estados Unidos aprovaram seu primeiro ETF de Bitcoin (BTC) apenas no mês passado, sendo que ele é exposto somente ao mercado futuro da moeda digital, e não ao ativo diretamente. Das opções existente no Brasil, existem ETFs expostos diretamente a Bitcoin ou Ethereum (ETH), além de um exposto a uma cesta de criptoativos.

E segundo um levantamento feito pela consultoria Economatica, quatro desses ETFs cripto são os líderes em rendimento dentre todos lançados em 2021 na Bolsa brasileira.

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Dois dos ETFs da gestora QR Asset Management lideram a lista com melhores rendimentos no ano: o QBTC11, de Bitcoin, acumulava alta de 108% até 25 de novembro, enquanto o QETH11, de Ethereum, tinha ganhos de 76,12%.

Na sequência aparecem os ETFs de Ethereum, ETHE11, e Bitcoin, BITH11, da Hashdex, com valorizações de 59,03% e 58,72%, respectivamente.

Junto com o HASH11, também da Hashdex, estes ETFs cripto do mercado brasileiro ficaram entre os seis com maior volume médio diário, dentre os lançados este ano, com o Trend Nasdaq (NASD11) aparecendo em quinto lugar. Confira na tabela abaixo:

Fonte: Economatica

O desempenho dos quatro fundos cripto que lideram a lista de 2021 também supera os ganhos dos ETFs de melhor rentabilidade no ano quando considerados os produtos lançados há mais tempo.

Nessa lista, a liderança este ano até 25 de novembro é do iShares US Financials, com alta de 47,33%, seguido pelo iShares US Technology, que sobe 43,95%. Confira:

Fonte: Economatica

ETFs com mais cotistas

A Economatica também levantou os ETFs com maior número de cotistas no dia 25 de novembro deste ano, utilizando dados da Anbima, com a BlackRock ficando em três das quatro primeiras posições.

Na primeira posição ficou o Ishares S&P 500 Fundo de Indice (IVVB11), com 177.210 cotistas, seguido pelo Ishares Ibovespa Fundo de Índice (BOVA11), com 127.084 cotistas. Estes são os dois únicos ETFs com mais de 100 mil investidores.

De acordo com a consultoria, do resto da lista, dez ETFs têm entre 10 mil e 50 mil cotistas, enquanto outros seis possuem entre 5 e 10 mil cotistas.

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Entre os 20 ETFs com maior número de cotistas, oito são do Itaú Unibanco, cinco da XP Vista Asset, três da BlackRock Brasil, dois da XP Allocation Asset, enquanto a Investo Gestão de Recursos e QQ Capital têm um ETF cada.

Confira os ETFs com maior número de cotistas:

Fonte: Economatica

Brasil tem quase 150 ETFs listados

De acordo com a Economatica, o Brasil chegou a marca de 148 ETFs disponíveis na B3, sendo 87 estrangeiros e 61 brasileiros, sendo que o movimento de crescimento ganhou força principalmente no início deste ano.

Até dezembro de 2020, a quantidade de ETFs na Bolsa era praticamente estável, entre 22 e 30 ativos. A consultoria destaca que o aumento teve início no primeiro trimestre, principalmente com a entrada da negociação dos ETFs internacionais.

Em março de 2021 já eram 75 ETFs na B3, sendo 6 brasileiros e 39 internacionais.

Fonte: Economatica

Esse cenário também levou a um forte crescimento na quantidade de cotistas em ETF no Brasil, que ultrapassou a marca de 600 mil em setembro, mantendo-se acima desse patamar até novembro, quando atingiu 618.027 cotistas, a maior quantidade já registrada.

Por outro lado, apesar de um crescimento de 82% na quantidade de cotistas em 2021 até o momento, o nível ainda é inferior ao de 2019 e 2020, quando houve um crescimento de 119,7%.

Fonte: Economatica

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.