Entre put da OSX e desistência da OGX, ações respondem com volatilidade

Noticiário é agitado para ambas as companhias; enquanto isso, MMX e LLX registram menores oscilações

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As empresas do grupo EBX, de Eike Batista, seguem mais uma vez no radar dos mercados, sendo mais uma vez o destaque da Bovespa desta terça-feira (27). A OGX Petróleo (OGXP3) vê seus papéis registrarem forte queda, de 6,17%, a R$ 0,76, de acordo com cotação das 10h29 (horário de Brasília). Enquanto isso, a OSX Brasil (OSXB3) tem um dia volátil para as suas ações: após subir 3,2% no início da sessão, os papéis registram baixa de 4%, a R$ 1,20. 

As notícias não são nada boas, principalmente para a OGX que, em comunicado ao mercado enviado na manhã, anunciou a desistência da aquisição de nove blocos que arrematou na 11ª rodada de licitações promovida pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) em maio.  Segundo a companhia, esta decisão foi tomada em meio à reavaliação da estratégia de exposição a novos riscos exploratórios.

Já a OSX informou que o empresário Eike Batista, acionista controlador da companhia, vai vender US$ 50 milhões em ações da companhia como forma de se adequar às regras do novo mercado. Eike, contudo, permanecerá com mais de 50% da OSX. Por meio de comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta manhã, a OSX informou que o exercício parcial da put (opção de venda) tem objetivo de cumprir com a obrigação de enquadramento do free float conforme exigido pelo Novo Mercado da BM&FBovespa – nível máximo de governança corporativa da bolsa – e reverter os recursos em sua íntegra para benefício da companhia. 

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Sem noticiário revelante no dia, mas seguindo os rumores de venda dos ativos da companhia, a MMX Mineração (MMXM3) registra queda mais modesta, de 2,31%, a R$ 2,11. Enquanto isso, os ativos LLX Logística (LLXL3) tem queda de de 1,16%, a R$ 1,70. Na semana passada, as ações MMXM3 registraram forte volatilidade com os rumores de que a companhia estaria na iminiência de ser vendida. Enquanto isso, em meados de agosto, a LLX anunciou um acordo com a EIG para aumento de capital no valor de R$ 1,3 bilhão; o fundo de investimento norte-americano passará a deter o controle da companhia. 


Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.