Entenda a operação com opções da Petrobras em que Eduardo Cunha investiu milhões de reais

Luiz Fernando Roxo explicou , durante o programa "A Hora das Opções" desta segunda-feira, a polêmica operação com opções usada por Eduardo Cunha - o "box de 4 pontas" - entre 2009 e 2014, conforme revelaram documentos obtidos pela Operação Lava Jato

Paula Barra

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SÃO PAULO – Durante o programa “A Hora das Opções” desta segunda-feira, Luiz Fernando Roxo, economista e sócio da ZenEconomics, explicou como funciona a operação com opções que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) investiu milhões de reais nos últimos anos. O programa “A Hora das Opções” é exibido todas as segundas-feiras na InfoMoneyTV às 14h40 (horário de Brasília). 

Segundo informações de O Estado de S. Paulo, o deputado comprou R$ 12 milhões em opções de compra e venda da Petrobras entre 2009 e 2014, enquanto – ao mesmo tempo – vendeu esses mesmos papéis no valor de R$ 9,5 milhões. 

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Confira abaixo o programa desta segunda-feira:


Por dentro da operação
A estratégia com opções usada por Cunha é conhecida como “Box de 4 pontas” e que consiste em fazer quatro negócios simultâneos com opções de ações, com a intenção de se financiar. 

Durante o programa desta segunda, Roxo explicou que, apesar da parecer sofisticada, a estrutura nada mais é do que uma maneira de realizar um empréstimo, com a garantia de devolução do dinheiro, acrescida de juros. 

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O que é feito no “box de 4 pontas”?
Roxo explica que o investidor faz uma “trava de baixa” com opções de compra (“call”) e, para o mesmo exercício, uma “trava de alta” com opções de venda (“put”). No final do exercício, ele devolve o dinheiro emprestado, mais os juros, ou faz a rolagem desses contratos. O problema é que para fazer isso é preciso uma garantia, que pode ser CDB, ações ou carta fiança de um banco, que é difícil de conseguir. “Mas se você tem ações e quer tomar dinheiro emprestado talvez seja melhor fazer um termo do que optar por uma estrutura como essa”, comenta Roxo.
 

Segundo o Valor Econômico, Cunha conseguiu levantar com as operações – montadas por prazos curtos de dois meses – entre R$ 160 mil e R$ 360 mil em caixa em cada período. Ao todo, foram 22 transações que geraram um custo financeiro de R$ 82 mil ao deputado, sem considerar a corretagem.