Energisa (ENGI11) prevê investir R$ 1 bi em geração distribuída; modelo “surpreenderá positivamente”

No total, o capex da empresa em 2022 será de R$ 5,6 bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões para distribuição de energia

Augusto Diniz

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A Energisa (ENGI11) anunciou R$ 1 bilhão de capex para geração distribuída durante apresentação de seus resultados durante teleconferência nesta sexta-feira (18) com analistas de mercado sobre os resultados do 4T21 e de 2021. Segundo Mauricio Botelho, CFO da Energisa, o modelo “surpreenderá positivamente”.

No total, o capex da empresa em 2022 é de R$ 5,6 bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões para distribuição de energia (a empresa mantém 11 distribuidoras no país), R$ 1 bilhão para geração distribuída, R$ 362 milhões para transmissão, R$ 248 milhões para geração e R$ 124 milhões para outros projetos.

Os investimentos em geração distribuída serão feitos através da subsidiaria Alsol Energia Renováveis. A subsidiária já fez investimentos de R$ 191 milhões em 15 novas usinas fotovoltaicas, com capacidade instalada de 60 MWp, em 2021, e 78 MWp até março de 2022.

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No dia 28 de fevereiro, a Energisa anunciou ao mercado a aquisição da empresa Vision, que atua no ramo de geração distribuída fotovoltaica no Estado de Minas Gerais.

A adquirida detém unidades de geração fotovoltaica já em operação e projetos de unidades de geração fotovoltaica em construção e em desenvolvimento, de acordo com a empresa.

Com a aquisição, a Alsol passará a ser responsável pela operação de até 41 unidades de geração distribuída por fonte solar, que poderão adicionar até 136 MWp ao portfólio da subsidiária.

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Segundo Mauricio Botelho, “serão agregados 460 MWp até 2024 (à geração distribuída). O retorno é superior à distribuição”.

“Com a aprovação da lei 14.300/2022 (que institui o marco legal da microgeração e minigeração distribuída), a geração distribuída será impulsionada com investimentos crescentes da Energisa até 2024”, relatou a empresa em seu último balanço.

Outras subsidiárias da Energisa que receberão aportes importantes são a EMT (distribuidora em Mato Grosso), ERO (distribuidora em Rondônia) e SEM (distribuidora em Mato Grosso do Sul).

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Mauricio Botelho disse ainda que no quarto trimestre do ano passado, a taxa de inadimplência da Energisa, dos últimos 12 meses, foi de 0,91%, representando queda de 44,8% ou melhora de 0,73 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a empresa, com o término da restrição em outubro de 2021, para a suspensão do fornecimento aos clientes residenciais baixa renda, findou o último impedimento de ações de cobrança que estava em vigor.

“Contudo devido às condições econômicas ainda bem desafiantes no país, a Energisa permaneceu com a estratégia de conjugar a disciplina na cobrança com a oferta de melhores condições para pagamento”, relatou a empresa.

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Porém, a companhia demonstrou preocupação durante a apresentação dos resultados do ano passado com o possível aumento das tarifas em 2022. A Energisa teme “da população não capturar a inflação”.

Balanço da Energisa

A Energisa reportou lucro líquido 203,4% maior no quarto trimestre de 2021, chegando a R$ 582,6 milhões, mais de três vezes o consolidado no mesmo período de 2020, com R$ 192,0 milhões.

No acumulado do ano, a Energisa quase dobrou seu lucro, na comparação com 2020: R$ 3,068 bilhões, contra R$ 1,607 bilhão, uma alta de 90,9%.

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As ações da empresa fecharam com alta de 2,69%, a R$ 45,45.

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