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SÃO PAULO – Na cartilha de todo administrador de empresas consta a necessidade de reduzir gastos e maximizar lucros. Neste ímpeto, muitas companhias norte-americanas estão atrelando suas dívidas à Libor (London Interbank Offered Rate) do mercado londrino.
Um dos principais termômetros do mercado de crédito internacional, a Libor é a taxa referencial de juros oferecida para grandes empréstimos entre os bancos internacionais, como para empresas e instituições federais.
Contudo, nos últimos tempos, um fato curioso vem ocorrendo neste mercado. A Libor de três meses, recorrente na maioria dos contratos de empréstimos, vem sendo substituída pela taxa de um mês, de prazo de maturação bem menor.
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Para se ter uma ideia, o spread entre as duas taxas está, em média, na casa de 0,69 ponto percentual neste ano, enquanto a média histórica gira em torno de 0,07, o que demonstra o arrojo dos empresários, tendo em vista o apetite pelo risco em troca de maior rentabilidade.
Os efeitos da crise
Desde o processo de concordata do Lehman Brothers em setembro do ano passado, o comportamento incomum das taxas é verificado. Em dezembro, o spread chegou ultrapassar a barreira de 1%, atingindo o nível recorde.
Até segunda-feira (8), a Libor de um mês estava sendo negociada no mercado londrino a 0,32%, enquanto a de três meses próxima de 0,65%, ou seja, uma diferença de 0,33 ponto percentual.