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O forte otimismo em torno das criptomoedas ajudou a transformar o IPO da Bullish, corretora digital comandada pelo ex-presidente da Bolsa de Nova York (NYSE) Tom Farley, em uma das estreias mais expressivas do ano em Wall Street. As ações dispararam 84% na quarta-feira (13), primeiro dia de negociação, encerrando a US$ 68 e avaliando a empresa em cerca de US$ 10 bilhões.
O desempenho coincidiu com uma nova alta do Bitcoin (BTC) nos últimos dias, que acabou culminando com um uma máxima, superando US$ 124 mil. O movimento é impulsionado por expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve, recordes nas bolsas americanas e um pacote de medidas pró-cripto do governo Donald Trump.
A Bullish precificou suas ações a US$ 37, acima da faixa revisada de US$ 32 a US$ 33, levantando US$ 1,1 bilhão com a venda de 30 milhões de papéis, o equivalente a 19,9% do capital. O papel abriu a US$ 90, chegou a US$ 118 e depois recuou. Segundo Farley, a volatilidade era esperada: “O mercado está precificando o potencial da tecnologia blockchain para impulsionar todas as finanças globais”, disse em entrevista para a emissora americana CNBC.
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A Bullish já havia tentado abrir capital em 2021, no auge do mercado cripto, por meio de uma fusão com uma SPAC, mas desistiu após a quebra da FTX e outras crises que abalaram o setor.
Fundada em 2021 e sediada nas Ilhas Cayman, a corretora combina protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) com a segurança de uma estrutura centralizada, voltada principalmente para investidores institucionais. Desde o lançamento, seu volume total de negociação superou US$ 1,25 trilhão até março deste ano. A empresa também é proprietária do site CoinDesk, que fornece índices e dados do setor.
A estreia bem-sucedida ocorre em um mercado aquecido para IPOs nos EUA. Empresas que abriram capital em Nova York em 2025 acumulam alta média de 25% desde a oferta inicial, segundo dados da Dealogic. Outros nomes do setor de criptoativos, como Circle, eToro, BitGo e Gemini, já entraram ou se preparam para entrar na bolsa, em um movimento alimentado tanto pela recuperação dos preços dos ativos digitais quanto pela guinada regulatória em Washington.