Em meio a G-20 e resultados corporativos, bolsas têm manhã de trajetória incerta

Pré-market nos EUA e índices europeus operam sem tendência definida; declarações de membros do Fed também são destaque

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SÃO PAULO – Em meio à escassez de indicadores econômicos e à espera pela divulgação de resultados corporativos, a manhã começa incerta às bolsas nesta sexta-feira (22), com investidores de olho também na reunião de ministros do G-20 e em declarações de membros do Federal Reserve.

O encontro dos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo teve início nesta sexta-feira na Coreia do Sul e deve ser pautado pelo tema da guerra cambial. Em carta, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, pediu que os países equilibrem as distorções em seus superávits/déficits e parem de manter suas taxas de câmbio artificialmente desvalorizadas – em uma clara mensagem ao governo chinês.

Membros do Fed
Enquanto o mundo segue atento ao desenrolar da reunião, declarações de membros do Federal Reserve mantêm a política monetária norte-americana em destaque. O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse na noite passada que é a favor de um programa de aquisição de títulos orçado em US$ 100 bilhões mensais.

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Por sua vez, o presidente do Fed de Kansas City, Thomas Hoenig, afirmou que um excesso de liquidez no sistema bancário pode afetar a economia dos EUA, ocasionando inclusive um crescimento ainda maior do desemprego no país. Hoenig tem sido uma das vozes mais ativas dentro do Fomc (Federal Open Market Committee) contra novas medidas de flexibilização monetária.

Destaques em Wall Street
Por ora, o clima em Wall Street é de espera pela safra de divulgação de resultados corporativos trimestrais, que nesta sexta-feira, é composta pelos números da HoneyWel, Schlumberger e Verizon, entre outros. A cautela entre investidores faz com que os índices futuros operem sem tendência definida: os do S&P 500 e Dow Jones caem 0,08% e 0,09%, respectivamente, ao passo que o da Nasdaq sobe 0,03%.

Na noite passada, a Amazon registrou um crescimento de 39% em suas vendas e um lucro líquido de US$ 51 por ação no terceiro trimestre deste ano, acima dos US$ 0,48 esperados pelos analistas. Entretanto, a empresa revelou projeções pessimistas para seu desempenho no quarto trimestre e, com isso, seus papéis caem 3,4% no pré-market.

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Outro destaque fica para a seguradora AIG, que segundo rumores, teria captado US$ 17,8 bilhões em oferta de ações de uma de suas unidades na Ásia. Os papéis da companhia têm leve alta de 0,7% na manhã desta sexta-feira em Wall Street.

Destaques no mercado europeu
Na Europa, o dia também é de destaque ao front corporativo. A Volvo vê seus papéis caírem 1,2%, depois de ter reportado números decepcionantes em seus indicadores de fluxo de caixa, embora seu lucro líquido trimestral tenha superado as projeções do mercado.

Em contrapartida, algumas ações despontam com fortes altas. É o caso dos papéis da Ericsson, que sobem 5,5%. A empresa contabilizou entre julho e setembro deste ano um lucro líquido de 3,68 bilhões de coroas (cerca de US$ 553 milhões), superando as estimativas dos analistas de 3,52 bilhões de coroas.

Outro papel que figura entre as maiores valorizações é o da francesa Valeo. A fabricante de autopeças registrou receita e vendas acima do esperado no terceiro trimestre e elevou suas projeções para margens operacionais no quarto trimestre deste ano. Em resposta, assiste suas ações dispararem 8,5%.

Em meio a tantos resultados e referências divergentes, os principais índices de ações europeus também operam sem tendência definida nesta sexta-feira. O FTSE 100, principal benchmark da bolsa de Londres, mostra queda de 0,50%. Por sua vez, o CAC 40 de Paris cai 0,11%, ao passo que o DAX 30 de Frankfurt tem leve alta de 0,02%.

Confiança sobe na Alemanha
Por falar em Alemanha, o país trouxe alguns números positivos em sua agenda de indicadores. O nível de confiança dos empresários alemães subiu de 106,8 pontos em setembro para 107,6 pontos em outubro, em uma alta inesperada pelo mercado. A pontuação é a maior desde maio de 2007.