Em dia volátil, Ibovespa passa a subir, com Eletrobras subindo mais de 9%

Elétricas e frigoríficos têm dia de forte alta; ações da Vale, que chegaram a cair 2%, diminuiram as perdas, contribuindo para a recuperação do Ibovespa

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – O pregão pós-último dia de resultados trimestrais brasileiros é marcado por forte volatilidade. O Ibovespa, que ficou no “zero a zero” durante os 30 minutos iniciais de pregão, passou a cair mais de 0,6% antes da 1ª hora de pregão, mas agora virou para o campo positivo. Às 12h22 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira avançava 0,88%, a 55.417 pontos.

As ações de elétricas e frigoríficos, que já vinham em um forte movimento de alta, inflaram seus ganhos no final da manhã. É o caso da Eletrobras (ELET3, R$ 5,184, +9,98%; ELET6, R$ 9,02,+8,94%), Eletropaulo (ELPL4, R$ 8,60, +6,17%) e JBS (JBSS3, R$ 6,99, +6,39%).

Além disso, a Vale (VALE3, R$ 32,02, -0,25%; VALE5, R$ 30,39, -0,16%), que possui a maior participação na carteira teórica do Ibovespa, amenizou suas perdas no mesmo horário, após terem chegado a cair mais de 2%, mesmo movimento visto nas ações do PDG Realty (PDGR3) que sobem 0,42%, a R$ 2,37, após chegar a cair 5,08% no início do pregão.

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Dados dos EUA e do Japão movimentam mercados
A forte agenda econômica mundial ajudou a volatilizar o mercado mais cedo, com dados importantes no Japão e nos EUA mostrando divergência sobre a recuperação econômica dos países. No país asiático, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu mais do que o esperado no 1º trimestre, mas trouxe certas preocupações em relação ao volume de investimentos das companhias japonesas.

Já nos EUA, o Initial Claims, que mede a quantidade de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, veio pior do que o esperado – 360 mil solicitações ante expectativa de 330 mil. Ainda por lá, foram divulgados o índice de preços ao consumidor, com queda de 0,4%, ante projeções de recuo de 0,2% e dados do setor imobiliário, como o número de casas em início de construção subindo 853 mil, contra projeções de aumento de 970 mil.

Ainda na agenda norte-americana, o indicador de autorizações para construção de imóveis marcou 1,017 milhões, valor acima dos 950 mil esperados. Por fim, o Philadelphia Fed Index mostrou recuo de 5,2 pontos na atividade industrial da região, enquanto projeções do mercado apontavam para alta de 2,5 pontos.

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Brasil: resultados e indicadores
A temporada de resultados brasileira terminou oficialmente na última quarta-feira (15), com resultados de grandes empresas. Um dos destaques foi a queda de 82% no lucro líquido da CSN (CSNA3) e a queda de mais de 90% no Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da Eletrobras (ELET3ELET6). Para conferir como foram os outros resultados divulgados, clique aqui.

O IBC-Br (Índice de Ativida Econômica do Banco Central) subiu menos do que o esperado em março, segundo análise da LCA Consultoria. O indicador, considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), avançou 0,7% em dados dessazonalizados. As projeções dos analistas da LCA apontavam para alta de 1,3%. No acumulado do ano, a alta é de 4%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, elogiou o resultado, dizendo que o crescimento foi “muito bom”.

Nesta sessão, Índices de preços também ganharam destaque, com o IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) recuando 0,09% em maio, após alta de 0,18% no mês anterior. O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal), por sua vez, desacelerou para 0,38% em maio.