Em busca do melhor ponto de entrada? Padrões gráficos podem ser decisivos

Diamante, Topos e Fundos Arredondados e Cup and Handle proporcionam setups operacionais confiáveis ao trader

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Além do uso de osciladores e candlesticks, os analistas técnicos costumam buscar oportunidades no mercado através dos padrões gráficos. Triângulos, retângulos, bandeiras e flâmulas são alguns nomes comuns, sem falar do O-C-O (Ombro-Cabeça-Ombro) e das cunhas de reversão.

Muitos padrões técnicos são derivados do cruzamento de linhas de tendências, interligações de suportes e resistências, ou a junção das duas hipóteses. Enfim, são figuras que apresentam formações semelhantes ao longo do tempo e servem como parâmetro para o próximo movimento do ativo.

Teoricamente, existem dois tipos de padrões: continuação e reversão. O padrão de continuação sinaliza que a tendência recorrente tem grande probabilidade de manutenção, enquanto os padrões de reversão indicam que a trajetória vigente está “perdendo força”, sinalizando uma mudança de comportamento.

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Além dos padrões gráficos citados, famosos por grande parte dos investidores que utilizam a análise técnica para operar, existem outros três que costumam aparecer em muitos estudos espalhados pelo mercado:

Diamante
Topos e Fundos Arredondados
Cup and Handle

Diamante
Pouco comum nos gráficos, o padrão é formado necessariamente em regiões de topo e está relacionado à distribuição. Alguns grafistas descrevem o Diamante como um O-C-O com uma linha de pescoço em V ou também uma junção de dois triângulos.

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Quando é formado a partir de uma sinalização de topo, como um candlestick, o Diamante deve ser interpretado como um padrão de reversão de baixa:

Já quando parte de uma sinalização de fundo, deve ser considerado como um padrão de continuação de alta:

Durante sua formação, o volume costuma ser maior durante a primeira metade do padrão e relativamente menor na segunda passagem. Contudo, o trader deve ficar atento mesmo ao rompimento do padrão, que indicará os próximos passos do mercado.

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Topos e Fundos Arredondados
Os dois padrões gráficos antecipam a mudança de tendência dos preços, mostrando de forma simples e simétrica a conversão entre força compradora e vendedora.

Para executar o trade com maior precisão, os analistas técnicos recomendam ao investidor acompanhar os padrões com algum indicador de momento, como o MACD Histograma ou a linha de momentum.

Topo Arredondado
O padrão representa a perda de interesse dos investidores em função do nível sobrecomprado do ativo. Ao mesmo tempo em que os preços avançam, o volume negociado vai recuando até o ativo formar sua máxima. A partir deste ponto, o volume começa mostrar força em compasso à queda dos preços, até o rompimento do padrão, indicando um bom ponto de venda.

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Fonte:1source4stocks

Fundo Arredondado
Ao contrário do Topo, este padrão mostra a retomada do apetite dos comprados após o ativo firmar mínimas consecutivas. Neste caso, o trader deve ficar atento à recuperação do preço e do volume, que sugere a reversão da tendência de baixa do papel.

Cup and Handle
O padrão gráfico foi apresentado em 1988 pelo trader norte-americano William O´Neil através do seu livro How to make money in stocks. A figura é formada em duas partes: Fundo Arredondado (Cup) e uma Cunha Descendente (Handle).

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Segundo os conceitos elaborados por O´Neil, o Cup deve retroceder 1/3 ou menos da tendência de alta anterior. De acordo com o autor, o Handle pode lembrar também uma Bandeira ou uma Flâmula, como um pequeno canal de baixa.

Depois de configurado o Handle, o trader mais agressivo deve esperar o rompimento da figura para fazer sua entrada, ou ser mais prudente e aguardar os preços ultrapassarem a última máxima formada. Vale lembrar que o volume deve acompanhar os respectivos pontos de entrada.