Elon Musk entra em discussão no Twitter sobre baixa das ações da Tesla

Para o bilionário, recuo se dá, principalmente, por conta de questões macroeconômicas como a alta dos juros

Equipe InfoMoney

25/08/2022 REUTERS/Adrees Latif

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Após as ações da Tesla (TSLA34) caírem mais de 8% nesta terça-feira (21) e chegarem a US$ 137,80, mínima em 52 semanas, o diretor executivo (CEO) da companhia, o bilionário Elon Musk, se envolveu em uma discussão em uma rede social sobre o motivo da baixa.

No Twitter, que agora também é do dono da Tesla, Musk respondeu Ross Gerber, CEO da gestora GK. Gerber afirmou que a montadora está “sem CEO”, justamente pelo fato Musk estar focado na direção da rede social, e atribuiu a baixa dos papéis a isso. Em resposta, o bilionário da tecnologia defendeu, do outro lado, que o recuo se dá majoritariamente por motivos macroeconômicos.

Musk afirmou que, com a alta dos juros impostas pelo Federal Reserve, “investidores tiram dinheiro de companhias que não tem retorno garantido para colocar em juros, que têm retorno garantido”.

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As ações da Tesla, contudo, caíram mais do que a media das demais empresas de tecnologia e também montadoras. Desde abril de 2022, os papéis caíram 59%, contra cerca de 40% da Nasdaq, principal benchmark para empresas do tipo. Companhias como a Ford e a GM recuaram ainda menos – 26% e 12%, respectivamente.

A realidade, porém, é que os papéis, para a maioria dos investidores, têm outros motivos para cair.

O primeiro já foi apontado pelo CEO da gestora GK: Elon Musk vem dividindo suas atenções entre Tesla, Twitter e também com a SpaceX, sua empresa de tecnologia espacial – sendo que nenhuma das tarefas é fácil.

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Além disso, o próprio bilionário vem jogando os preços das ações da Tesla para baixo ao vender papéis na bolsa para bancar a aquisição do Twitter. Apenas no começo de dezembro, por exemplo, ele colocou um lote que movimentou aproximadamente US$ 3,6 bilhões em papéis da montadora.

E é provável que, no futuro, ele tenha de vender ainda mais ações. Musk colocou papéis da Tesla como garantia dos empréstimos que bancaram a compra do Twitter. Como a rede social, até então, é uma companhia que dá prejuízos, é bem provável que o bilionário terá de vender mais papéis para arcar com seus compromissos financeiros, inundando o mercado com oferta dos papéis.

Especialistas apontam também que há pressões operacionais sobre as ações da Tesla. A companhia vem tentando ganhar mercado na China, diminuindo preços artificialmente e reduzindo margens, e trabalhando na eficiência de suas plantas nos Estados Unidos e na Alemanha. Por fim, a montadora ainda enfrenta problemas de cadeia produção, sofrendo com resquícios da Covid 19 e também com impactos Guerra da Ucrânia na Europa.