Eletrobras negocia aporte de R$ 900 mi, dividendos de R$ 150 mi da MRV, “block trade” e mais 4 destaques

Além da temporada, confira outros destaques corporativos que agitaram a noite desta quinta-feira

Paula Barra

Usina Hidrelétrica de Tucuruí *** Local Caption *** Comportas abertas da usina de Tucuruí

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SÃO PAULO – Além da temporada de balanços movimentada no noite desta quarta-feira (9), uma série de outras notícias corporativas podem repercutir no pregão da próxima quinta-feira. Confira abaixo os destaques:  

Eletrobras (ELET3; ELET6)
A Eletrobras negocia com a União um aporte de R$ 900 milhões, a titulo de adiantamento para futuro aumento de capital, conforme comunicado divulgado na noite desta quarta-feira. Segundo a estatal, o
 recurso tem por objetivo viabilizar a execução do Plano Diretor de Negócios e Gestão para o período de 2017 a 2021 (“PDNG 2017-2021”), previsto para ser divulgado ao mercado no dia 11 de novembro de 2016, incluindo a realização de Plano de Aposentadoria Incentivada (PAI).

MRV Engenharia (MRVE3)
Além da divulgação do balanço do 3° trimestre, a MRV anunciou nesta noite o pagamento de dividendos extraordinários no montante de R$ 150 milhões, ou de R$ 0,34 por ação. O pagamento está condicionado ainda à aprovação dos acionistas em assembleia geral extraordinária a ser convocada até dia 31 de janeiro de 2017, com o objetivo da distribuição para até o dia 31 de março do ano que vem.  

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Oi (OIBR4)
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) arquivou processo administrativo contra as empresas Telemar Norte Leste e Brasil Telecom, hoje Oi, em que investigava conduta anticoncorrencial. O processo foi aberto em 2014 a pedido da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que denunciou o corte de cabos de telefone e de TV a cabo da GVT pela Oi em Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG). 

O relator João Paulo de Resende entendeu que a prática não foi danosa à concorrência e votou pelo arquivamento, sendo seguido pelos outros conselheiros. A Oi alegou que os cortes foram feitos porque os cabos estavam irregularmente em sua estrutura física.

A companhia também faz parte da leva de empresas que divulgaram seus balanços nesta noite. A operadora de telecomunicações reportou um prejuízo de R$ 1 bilhão no 3° trimestre.

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PDG Realty (PDGR3)
A PDG Realty informou que vai atrasar em 3 dias a divulgação do seu balanço do 3° trimestre, passando do dia 11 de novembro para o dia 14 de novembro. Segundo a incorporadora, a alteração da data de realização do evento supracitado se justifica tendo em vista a recente alteração da estrutura administrativa da companhia, conforme divulgado ao mercado por meio de fato relevante datado de 03 de novembro de 2016, com a eleição de um novo diretor presidente, Vladimir Kundert Ranevsky, que passou também a cumular as funções de diretor vice-presidente financeiro e diretor de relações com investidores da empresa a partir de 04 de novembro de 2016. 

Triunfo (TPIS3)
A Triunfo terá um “block trade” envolvendo 12,5 milhões de ações de sua emissão esta semana, segundo comunicado enviado pela BM&FBovesa nesta quarta-feira. Ele não diz por qual preço sairiá a operação, mas considerando o preço de fechamento da ação nesta sessão (R$ 3,35) atingiria o montante de R$ 41,8 milhões. 

O “block trade” (leilão agendado por um grande investidor para se desfazer de uma quantidade significativa de ações) ocorrerá no dia 11 de novembro, próxima sexta-feira, na BM&FBovespa. Não foi revelado quem é o acionista nem por meio de qual corretora será realizada a operação.

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São Martinho (SMTO3)
Juntamente com o balanço, a São Martinho comunicou ao mercado que vai desdobrar suas ações na Bovespa, na proporção de uma ação para três, com os mesmos direitos e vantagens das pré-existentes. Pelo preço do fechamento deste pregão (a R$ 59,97), os papéis passariam a valer cerca R$ 19,90 na Bolsa. Segundo o comunicado da empresa, a operação não irá alterar o capital social da companhia, que passará a ser dividido em 339.987.621 ações ordinárias.  

Multiplan (MULT3)
A Multiplan informou que adquiriu uma fatia adicional de 4,5% na ABL (Área Bruta Locável) do Barra Shopping, no Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 134,9 milhões. Quando concluída a compra, a companhia terá 65,8% do empreendimento.

O contrato foi assinado com a coproprietária do Barra Shopping, Carvalho Hosken Engenharia e Construções, e a conclusão do negócio está sujeita à determinadas condições suspensivas.