Eletrobras dá mais um passo rumo ao cenário mais positivo para ações com modelo de privatização, diz Credit

Já o BBA apontou que os múltiplos da Eletrobras são muito atraentes nos atuais níveis de preço das ações; papéis abriram em alta, mas amenizaram

Equipe InfoMoney

Eletrobras (Foto: Getty Images)

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O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) aprovou a resolução que define o modelo de desestatização da Eletrobras ([ativo=ELET3, ELET6), notícia comemorada por analistas e pelo mercado. Às 10h25 (horário de Brasília), as ações ELET3 avançavam 1,74%, a R$ 39,83, enquanto os papéis ELET6 subiam 1,45%, a R$ 39,83, mas chegaram a subir mais de 3% no início das negociações.

A privatização ocorrerá em duas etapas. Primeiramente, a Eletrobras fará um processo de capitalização, emitindo novas ações que podem ser compradas no mercado primário, até diluir a participação da União na empresa. Segundo o CPPI, essa etapa permitirá a injeção de dinheiro de investidores privados na companhia.

Apenas se a participação direta e indireta da União não cair para menos de 45% após a oferta primária de ações, a União venderá papéis da companhia no mercado secundário, quando ações já lançadas no mercado trocam de donos. Em nota, o CPPI informou que a União continuará a ser a principal acionista da Eletrobras, mesmo perdendo a maioria na empresa.

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A resolução aprovada pelo CPPI obriga a Eletrobras a segregar a usina binacional de Itaipu e a Eletronuclear, para que essas empresas permaneçam estatais, como determinado pela Constituição. O texto prevê diversos atos e contratos para que a Eletronuclear conclua as obras da usina de Angra 3, evitando que os investimentos públicos no projeto sejam perdidos.

O Estatuto Social da Eletrobras será alterado para incentivar a pulverização das ações da companhia, com mecanismos para impedir que um único acionista, ou grupo de acionistas, exerça controle sobre a empresa. Segundo o CPPI, os órgãos de administração da companhia serão fortalecidos, em linha com o modelo adotado por grandes empresas de energia no exterior.

Em relatório, assinado pelos analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano, o Credit Suisse avaliou como positiva a aprovação da resolução.

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Isso porque, segundo o banco, ajuda a Eletrobras a se aproximar da privatização e, consequentemente, do cenário de “céu azul”, mais positivo, para as ações ELET6 (ou seja, para o preço-alvo de R$ 65,00).

O Credit Suisse acredita que o governo ainda pode atingir sua meta de privatizar a elétrica no primeiro semestre de 2022, com o cronograma dependente do parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o processo.

Dessa forma, o banco mantém recomendação neutra para Eletrobras e preço-alvo de R$ 45,00, frente à cotação de terça de R$ 39,26.

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Em relatório, Itaú BBA escreveu que os múltiplos da Eletrobras são muito atraentes nos atuais níveis de preço das ações, com grande potencial de alta e potencial de baixa muito limitado.

Contudo, apesar do governo federal ter reiterado sua meta de concluir a capitalização em fevereiro, o BBA está cético diante de todos os desafios. O banco espera que a capitalização ocorra em março ou abril.

O banco mantém recomendação de compra para os papéis ON da Eletrobras e preço-alvo de R$ 52,90, frente à cotação de terça de R$ 39,15.

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Ainda no radar da empresa ,ela informou o Conselho Nacional de Pesquisa Energética (CNPE) realiza reunião nesta quarta para deliberar sobre os parâmetros para a definição do preço de energia elétrica a ser produzida pela Usina Termo nuclear de Angra 3.

(com Agência Brasil)

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