Eletrobras atrativa: por que JPMorgan e Morgan veem alta de mais de 20% para ELET3?

JPMorgan e Morgan Stanley reforçaram recomendação de compra e citam motivos para otimismo

Ana Paula Ribeiro

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Os ganhos operacionais registrados pela Eletrobras (ELET3) desde a privatização e a redução de custos em curso estão entre os fatores que justificam o otimismo de analistas com as ações da empresa de energia recentemente privatizada. O JPMorgan e o Morgan Stanley têm recomendação de compra para o papel, com preços-alvo de, respectivamente R$ 52 e R$ 54 para os ativos ON, o que indica um potencial de valorização de mais de 20%.

O JPMorgan vê ganhos com o reajuste dos contratos de transmissão, a expansão da base de clientes no negócio de comercialização e a redução dos custos como consequência de ganhos de eficiência.

A instituição vê um potencial de valorização de 23,6% nas ações da Eletrobras. No caso das preferenciais, que têm preço alto de R$ 57, o up-side é de 21,3% Além disso, a expectativa é que o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) tenha um crescimento de 6%, os investimentos sobem R$ 8 bilhões e a taxa interna de retorno (TIR) fique em 13,7%.

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“Embora alguns dos investimentos não adicionem receitas imediatamente, a manutenção e a modernização deverão aumentar as taxas de disponibilidade e reduzir os custos de operação e manutenção”, explicaram, em relatório.

A tese de investimentos para a Eletrobras leva em conta o fato de o mercado ainda não ter precificado os ganhos operacionais e financeiros que a companhia irá atingir na fase privatizada, o que inclui também uma melhor governança. “De acordo com nossas estimativas, as ações ainda são negociadas com desconto em serviços integrados e ofertas uma das maiores vantagens em nossa cobertura.”

Já o Morgan Stanley acredita que a Eletrobras passou a ter uma tese de investimento mais simples, o que é positivo para as ações.

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“A gestão está progredindo em diferentes frentes em direção à criação de valor, como por exemplo a redução de riscos maior eficiência e venda de ativos. Essas iniciativas, combinadas com melhorias na comunicação, têm transformado a Eletrobras em um caso de investimento mais simples atraindo investidores” avaliaram

Além dos fatores operacionais, os analistas ressaltam medidas que reduzem o risco de investimento na empresa, entre eles, o pagamento dos empréstimos compulsórios, que o saldo a pagar era de R$ 17,2 bilhões ao final de 2023.

“Os maiores casos já foram resolvidos nos últimos anos, mas o processo de redução de risco deve continuar com negociações, liquidações e pagamentos bilaterais. No futuro, a gestão deverá focar nas negociações com os consumidores de médio porte e em busca de descontos”, reforçam os analistas.

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Outro ponto considerado positivo são as vendas de ativos e que a administração da empresa já citou o possível desinvestimento em ISA Cteep (TRPL4) e CEMAR.

“A Eletrobras continua sendo nossa escolha preferida. A ação oferece uma combinação valorização atrativa de dois dígitos em relação ao preço-alvo e tem entre as maiores taxas de retorno interno reais em nossa cobertura; e tem iniciativas de criação de valor em turnaround operacional, gestão de passivos, créditos fiscais, entre outros, que esperamos que produzam resultados sólidos em 2024”, acreditam os analistas do Morgan.

Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney