Educacionais tentam evitar mudanças no Fies; Petrobras e mais 6 empresas no radar

Segundo a Folha, a estatal petrolífera voltou a importar mais combustíveis; Eletrobras fica de fora de leilão e Eletropaulo aprova emissão de R$ 190 milhões em debêntures

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – No radar da Bolsa nesta quinta-feira (8) o destaque fica para o setor de educação, que desde o início da semana passada sofre no mercado com as mudanças anunciadas para o Fies, programa de financiamento do governo e que é uma das maiores fontes de captação dessas companhias. Segundo o Valor Econômico, as educacionais iniciaram um diálogo com o MEC (Ministério da Educação) na tentativa de renegociar algumas das mudanças divulgadas no Fies.

De acordo com o jornal, os principais acionistas e executivos de Kroton (KROT3), Estácio (ESTC3), Ser (SEER3) e Anima (ANIM3), além de membros da Abraes, associação do setor, reuniram-se com o secretário-executivo do ministério, Luis Claudio Costa. As informações são de que o MEC está disposto a ouvir as companhias e pode atender algumas demandas. Porém sobre as mudanças na forma de pagamento do governo para os alunos captados via Fies estão confirmadas e, de fato, elevarão a necessidade de capital de giro das empresas.

Ainda segundo a publicação, os técnicos do MEC afirmaram que as mudanças tiveram intenção de preservar o Fies dos cortes de orçamento esperados no ajuste fiscal que está sendo promovido pelo governo.

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Ainda no setor educacional, a Estácio enviou comunicado ao mercado na noite de ontem afirmando que a Alliance Bernstein L.P. e de sua afiliada AXA Investment Managers, reduziu sua participação na companhia para 8.880.000 ações ordinárias, correspondentes a 2,82% do capital social total da Estácio. Segundo o site da BM&FBovepsa, no dia 18 de dezembro, a participação da Alliance era de 4,04%.

Petrobras
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a Petrobras (PETR3; PETR4) voltou a comprar mais combustíveis no exterior. Devido à queda na cotação do petróleo, a gasolina fora do país está 36% mais barata, e o diesel, 31%, o que favorece as importações.

De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), em outubro a Petrobras pediu aval para importar 151 mil toneladas de gasolina, 150% além da média de julho a setembro. Em novembro, o pedido foi de 198 mil toneladas e, em dezembro, chegou a 388 mil toneladas, ou 546% a mais do que no terceiro trimestre.

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Eletrobras
Ainda na noite de ontem, a Eletrobras (ELET3; ELET6), afirmou que não participará do leilão de transmissão de energia marcado para sexta-feira, o primeiro do ano, optando por esperar por novos certames ao longo deste ano. “Estamos numa fase de ajuste. Como temos muito interesse nos próximos leilões, vamos aguardar”, disse o diretor de Transmissão da estatal federal, José Antônio Muniz Lopes, à Reuters.

O leilão, que deveria ter ocorrido no final do ano passado, foi adiado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com a retirada de alguns empreendimentos, para reavaliação de condições, depois que leilão anterior teve lotes sem interessados.

A agência manteve a realização desse certame logo para o início de janeiro já que alguns empreendimentos precisam ser licitados mais rapidamente, pois devem estar prontos a tempo de possibilitar o escoamento de energia de novas usinas de geração que já foram licitadas em leilões passados.

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Eletropaulo
O Conselho de Administração da Eletropaulo (ELPL4) aprovou a emissão de R$ 190 milhões em debêntures, em reunião na noite de quarta-feira. A décima sétima oferta da companhia será realizada em duas séries. A primeira terá vencimento em seis meses e juros de 100% dos DI mais 1,35% ao ano.

Na segunda série, o vencimento será de dois anos, com remuneração do DI mais sobretaxa de 1,9% ao ano. O Conselho também aprovou nesta quarta-feira a contratação com instituições financeiras de R$ 550 milhões em crédito para fins de reforço de capital de giro e refinanciamento de dívidas. O custo será de 16,38% ao ano.

Forjas Taurus
A Forjas Taurus (FJTA4) informou aos seus acionistas e ao mercado que, em reunião do Conselho de Administração realizado em 07 de janeiro de 2015, foi eleito para o cargo de Diretor Vice-Presidente Administrativo e Financeiro da empresa Thiago Piovesan. “Temos convicção de que o Sr. Thiago Piovesan agregará valor para a Administração da TAURUS, por sua vasta experiência profissional e sólida formação acadêmica”, disse a empresa em comunicado.

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Bematech
A Bematech (BEMA3) comunicou ontem que Marcel Martins Malczewski enviou nota para a empresa informando possuir 2.466.800 ações ordinárias que representam 4,78% da posição acionária da Companhia. “O mesmo informou, ainda, não ter nenhuma intenção em alterar a composição do controle acionário ou a estrutura administrativa da Companhia”, disse a empresa.

Triunfo
O Conselho de Administração da Triunfo Participações (TPIS3) aprovou na quarta-feira a contratação de empréstimo de R$ 40 milhões com sua controladora THP-Triunfo. A taxa de juros equivale a CDI mais 3,5% ao ano e vencimento em 180 dias.

Invepar
A OAS Investimentos transferiu a participação de 24,438% que detinha na concessionária de infraestrutura Invepar (IVPR3B) para a OAS Infraestrutura, segundo comunicado divulgado na noite de ontem. A participação representa 35.764.280 ações ordinárias e 69.117.380 ações preferenciais de emissão da Invepar. A OAS Investimentos deixou, assim, de deter participação na Invepar.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.