Educacionais sobem com Fies, EUA impulsionam frigoríficos e Vale afunda 2%

Confira abaixo a atualização dos principais destaques da Bovespa nesta terça-feira

Paula Barra

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11h39: Eletropaulo (ELPL4, R$ 17,53, 0,0%)
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira aumento médio de 15,23% nas tarifas da Eletropaulo, dentro do processo do quarto ciclo de revisão tarifária da distribuidora paulista. O índice ficou ligeiramente acima da proposta inicial apresentada pela agência, em maio, de um aumento médio de 15,16 por cento. A proposta passou por audiência pública, foi ajustada e chegou ao valor anunciado nesta terça. O aumento começa a valer a partir do dia 4 de julho.

11h04: Siderúrgicas
Na mesma toada das ações da Vale, os papéis das siderúrgicas caem hoje: Usiminas (USIM5, R$ 4,29, -0,69%), Gerdau (GGBR4, R$ 7,64, -1,42%), Gerdau Metalúrgica (GOAU4, R$ 6,52, -2,10%) e CSN (CSNA3, R$ 5,27, -0,94%). 

No radar, a Usiminas comunicou ontem que a partir de 3 de julho, a sede de Belo Horizonte (MG), não funcionará às sextas-feiras com intuito de reduzir custos. A medida vigorará pelos próximos três meses e pode ser prorrogada por igual período, visando adequar os custos de pessoal e a melhoria da competitividade da companhia no cenário atual do mercado.

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Além disso, o Ministério Público Federal pediu suspensão das operações da CSN em Volta Redonda. Em comunicado, o MPF alegou que a empresa não possui licença de operação desde 2012 e não cumpre obrigações estipuladas em termo de ajustamento de conduta (TAC) feito com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

10h20: Vale (VALE3, R$ 18,75, -2,34%; VALE5, R$ 15,90, -2,15%)
As ações da Vale caem forte hoje em meio à derrocada do minério de ferro, que caiu 3,17% no porto de Qingdao, na China, sendo cotado a US$ 59,35. Com a queda, essa é a primeira vez que o papel preferencial da mineradora opera abaixo de R$ 16,00 desde 22 de abril. Acompanham o movimento as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 10,82, -2,35%), holding que detém participação na Vale.  

Os papéis da mineradora caem hoje repercutindo ainda notícias de que a Austrália cortou em 10% sua previsão para os preços do minério de ferro, citando o mercado de aço fraco na China, enquanto prevê uma queda de 11% na receita com a exportação de recursos no atual ano fiscal. O governo afirmou nesta terça-feira prever agora que o preço médio do minério de ferro fique em US$ 54,40 a tonelada em 2015, abaixo da projeção anterior de US$ 60,40 a tonelada. A projeção para o próximo ano foi reduzida de US$ 56,80 para US$ 52,10 a tonelada.

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10h16: Frigoríficos
As ações dos frigoríficos Marfrig (MRFG3, R$ 5,80, +2,84%), JBS (JBSS3, R$ 16,19, +1,63%) e Minerva (BEEF3, R$ 11,54, +2,12%) sobem hoje, na esteira do anúncio da liberação dos Estados Unidos à importação da carne bovina brasileira in natura. A medida encerra uma restrição praticada há 15 anos e favorece 95% da agroindústria exportadora brasileira.

Segundo o BTG Pactual, a notícia é positiva para todos os frigoríficos brasileiros, especialmente o Minerva. Para a equipe de análise do banco, a liberação dos EUA à importação poderá facilitar a entrada do produto em outros mercados rentáveis como Canadá, México, Japão e Coreia do Sul. Eles preveem que a exportação inicial aos EUA será de 40 milhões de toneladas, com potencial de 100 milhões de toneladas no longo prazo.  

Para a Concórdia Corretora, a notícia é claramente positiva, não apenas pelo tamanho e potencial do mercado americano em si, mas também por contrapor o conjunto enfraquecido de mercados compradores. Nos últimos trimestres, além da desaceleração nacional, importantes mercados consumidores, como Russia e Venezuela, vêm sofrendo crises econômicas relevantes de maneira a afetar volume e mix de vendas brasileiras, ainda sem o benefício da desvalorização do real, visto que suas moedas apresentaram comportamento semelhante. Já nos EUA essa história é outra. Com bom desempenho econômico e moeda mais valorizada, a abertura do mercado interno deve servir de catalizador para as frigoríficas brasileiras. Entretanto, é necessário destacar que o mercado de carne bovina nos EUA possui escala e é bastante competitivo, implicando em concorrência relevante para as empresas exportadoras, comentaram os analistas da Concórdia.

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10h08: Petrobras (PETR3, R$ 14,27, +1,57%; PETR4, R$ 12,94, +1,49%)
As ações da Petrobras sobem após fortes quedas na véspera em dia de queda generalizada no mercado. Hoje, o HSBC elevou as ações da companhia de “reduzir” para manutenção”.

Sobre o novo plano de negócios da estatal, divulgado ontem, a estatal trouxe um corte de investimento em linha com as expectativas do mercado. Mas pecou na falta de detalhamento sobre a estratégia de financiamento, o desinvestimento e os rumos da política de preços.

Para analistas, faltou à estatal informar de onde vai tirar o dinheiro para cobrir o investimento, se vai conseguir convencer o governo a manter os preços dos combustíveis em linha com as cotações internacionais e ainda quais os ativos que serão vendidos, dentro do seu programa de desinvestimento.

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“É difícil entender como a Petrobras vai gerar caixa – acima do seu valor de mercado – por meio de desmobilização e venda de ativos em apenas dois anos”, destacou a equipe de análise do Bradesco BBI. Para eles, levando em conta as premissas da estatal, a geração de caixa apenas com a operação não será suficiente para cobrir os investimentos anunciados.

Para a equipe do Credit Suisse, a estatal “não poderia ter dito muito mais em seu comunicado do plano de negócios”, sendo que os números apresentados foram mais realistas, sendo assim bem-vindos para o mercado. “Ao longo do tempo, a produção não veio e os preços do petróleo estão baixos agora […] Desta vez, a desalavancagem gradual que a Petrobras propõe é extremamente dependente de um alvo muito alto de desinvestimento – de R$ 58 bilhões – ao longo de quatro anos”, afirmaram os analistas.

Veja mais em: Mercado aprova plano da Petrobras, mas cobra detalhamento de financiamento

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10h05: Educacionais
As ações das educacionais aparecem entre as maiores altas do Ibovespa nesta sessão depois de fortes quedas nos últimos dias. Na Bolsa, destaque para Kroton (KROT3, R$ 11,84, +1,63%), Estácio (ESTC3, R$ 17,43, +1,34%), Ser Educacional (SEER3, R$ 14,09, +1,37%) e Anima (ANIM3, R$ 21,67, +3,19%).

No radar, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação publicou nesta terça-feira portaria que prorroga para 20 de julho o prazo para a renovação semestral dos contratos de financiamento concedidos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que venceria hoje. Segundo portaria publicada no Diário Oficial da União, a renovação pode ser feita para contratos simplificados e não simplificados do primeiro semestre. O mesmo prazo vale para a realização de transferência integral de curso ou de instituição de ensino, de acordo com a portaria.