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(Bloomberg) — A economia alemã – a maior da Europa – deverá evitar uma recessão de inverno graças à recuperação da indústria, ao aumento das exportações e ao aquecimento da construção no início do ano, de acordo com o Bundesbank.
Depois de alertar há apenas quatro semanas que a produção provavelmente tinha encolhido pelo segundo trimestre consecutivo entre janeiro e março, o banco central alemão disse que o período pode, de fato, ter registado um “ligeiro aumento”. No entanto, alertou que uma recuperação sustentada não está garantida.
“A situação econômica da Alemanha melhorou um pouco, mas continua fraca no seu núcleo”, afirmou o Bundesbank nesta quinta-feira no (18) em seu relatório mensal. “Portanto, ainda não é certo que o aumento da produção econômica continue no segundo trimestre.”
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Outrora o motor de crescimento do continente, a Alemanha tem estado atrás dos seus pares nos últimos tempos, com o seu enorme setor industrial sofrendo com dificuldades de oferta, o fim do fornecimento barato de energia russa e as mudanças comerciais causadas pela fraca demanda global e por choques geopolíticos. Foi o único país do G7 a registar uma contração da produção no ano passado.
Alguns ainda não veem o fim das lutas do país: uma pesquisa da Bloomberg com analistas publicada esta semana mostrou que o produto interno bruto provavelmente diminuiu 0,1% no primeiro trimestre.
Otimismo volta lentamente
Mas houve palavras encorajadoras esta semana da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que disse à CNBC que a Alemanha “poderia ter virado a esquina”, com a produção industrial aumentando mais do que o previsto.
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Na verdade, o otimismo entre consumidores, empresas e investidores aumentou recentemente – alimentando esperanças de que a Alemanha possa deixar para trás seus problemas. “Se esta melhoria continuar, a economia também poderá recuperar de forma mais significativa do que o esperado há um mês”, disse o Bundesbank.
Existem advertências. A indústria continua fraca e a construção deverá diminuir depois de ter sido impulsionada por um inverno ameno, alertou o banco central.
As taxas de juro elevadas também estão atenuando o investimento, enquanto a demanda por exportações ainda está fraca e as famílias hesitam em gastar – apesar de um mercado de trabalho saudável, do aumento dos salários e da desaceleração da inflação.
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Fatores como estes se refletiram na revisão em baixa feita esta semana pelo Fundo Monetário Internacional relativamente à sua previsão para o crescimento econômico alemão em 2024. O Fundo vê agora o PIB crescendo apenas 0,2%, ante estimativa de 0,5% há três meses.
©2024 Bloomberg L.P.
