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SÃO PAULO – O dólar comercial é cotado a R$ 1,5730 na venda, leve baixa de 0,06% em relação ao fechamento anterior. Nesta quinta-feira (14), uma série de indicadores econômicos de maior peso foram divulgados no âmbito externo. Além disso, o mercado também atento aos rumores sobre novas medidas para o mercado de câmbio.
Apesar da variação desta quinta-feira, a moeda norte-americana registra alta de 0,70% neste mês de julho, porém uma desvalorização de 5,59% desde o início do ano.
Tendência do dia
Segundo os economistas do Bradesco, o cenário de elevada aversão ao risco, por conta da crise fiscal na periferia da Zona do Euro, agravou-se após a Moody’s colocar a dívida soberana dos EUA em revisão negativa, devido à indefinição quanto à elevação do teto da dívida pública do país.
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Ainda segundo a equipe do Bradesco, a ausência de indicadores no mercado doméstico deverá provocar aumento na aversão ao risco e contagiar o mercado Brasileiro, fazendo com que o real perca força frente ao dólar.
Novas medidas para o câmbio?
No mercado, seguem os rumores sobre a possibilidade do Governo promover novas medidas para o mercado de câmbio, visando reduzir a apreciação do real na comparação com o dólar. Vários setores da economia afirmam que perdendo competitividade por conta do fortalecimento da moeda doméstica.
Segundo representantes da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a desindustrialização do Brasil é “muito grave”. De acordo com o presidente da CNI, Robson Andrade, o excesso de importações aumenta a inflação, informou à Agência Brasil.
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Neste sentido, analistas apontam que o aumento das importações vem sendo um fator importante no esforço do Governo para combater as pressões inflacionárias. Com a demanda dos consumidores em patamar elevado, a maior presença de produtos importados estaria auxiliando a diminuição do ritmo de elevação dos preços.
Indicadores
Na agenda desta quinta-feira, o destaque fica por conta do Initial Claims, indicador que mede a quantidade de novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que se revelou melhor do que o esperado pelo mercado. Na semana terminada em 9 de julho, foram registrados 405 mil pedidos de seguro desemprego.
Tivemos ainda o PPI (Producer Price Índex), índice de preços ao produtor divulgado pelo Departamento do Trabalho norte americano que ficou em -0,4%, queda mais forte que a esperada pelos especialistas, que projetavam variação de -0,2%. Ainda nos EUA, tivemos o Retail Sales, índice que revela as vendas totais do mercado varejista no mês, que ficou em 0,1%, frente a à projeção do mercado que indicava variação de -0,2%. Ambos os indicadores citados referem-se ao mês de junho.
Câmbio no exterior
Por fim, na comparação com outras moedas, somente o euro consegue se apreciar frente à moeda norte-americana, cotado a US$ 1,419. iene, franco suíço e libra, neste momento, depreciam-se perante a divisa americana. Este movimento é reflexo dos problemas fiscais na Zona do Euro, que vêem enfraquecendo a moeda pan-europeia.
