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Dólar fecha quase estável, a R$ 5,78, entre “Trump Trade” e espera por medida fiscal

Na quarta-feira, o dólar à vista fechou o dia em alta de 0,32%, cotado a 5,7917 reais.

Equipe InfoMoney

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O dólar fechou a quinta-feira em baixa ante o real, ainda que limitada, interrompendo uma sequência recente de ganhos, com investidores se apegando à possibilidade de que o pacote fiscal do governo Lula atinja cifras acima do que vinha sendo esperado.

No exterior, o dólar seguiu sustentando ganhos ante boa parte das demais divisas, em mais um dia de “Trump trade”.

Nesta sessão, a moeda seguiu firme nos mercados globais, em sustentação de seu movimento recente impulsionado pela vitória de Trump na eleição presidencial dos EUA na semana passada, com o republicano também conduzindo seu partido à conquista do controle das duas Casas do Congresso.

Qual foi a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou o dia em leve baixa de 0,09%, cotado a 5,7862 reais. Nesta semana encurtada pelo feriado da Proclamação da República na sexta-feira, a divisa acumulou alta de 0,85%.

Às 17h06, o dólar para dezembro — o mais líquido atualmente no Brasil — cedia 0,37%, aos 5,7955 reais.

Dólar comercial

Dólar turismo

Compra: R$ 5,842

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Venda: R$ 6,022

O que acontece com o dólar hoje?

Com as cotações acima dos 5,80 reais, alguns agentes aproveitaram para vender dólares, repetindo algo que vem ocorrendo em sessões recentes, o que enfraqueceu a moeda norte-americana.

Além disso, o mercado se apegou a notícias na imprensa — não confirmadas oficialmente — de que o pacote fiscal do governo Lula pode ter impacto de 70 bilhões de reais.

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O número foi bem recebido, já que o mercado vinha especulando que o governo adotaria cortes mais modestos, de 30 bilhões a 50 bilhões de reais, conforme profissionais ouvidos pela Reuters nos últimos dias. Assim, o esforço de 70 bilhões de reais, se confirmado, iria emitir um sinal de compromisso do Planalto com o equilíbrio fiscal.

“Surgiu esta informação de que o pacote será robusto, então o pessoal que estava comprado (posicionado na alta do dólar) realiza um pouco”, disse durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, ao justificar a venda de dólares que conduziu as cotações para o território negativo.

Às 12h20, o dólar à vista atingiu a cotação mínima de 5,7607 reais (-0,54%).

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Também no início da tarde, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou por videoconferência de dois eventos, nos quais reiterou a preocupação da autarquia com as expectativas de inflação e a necessidade de controle fiscal para que os juros caiam.

Além disso, Campos Neto reconheceu que a eleição de Trump fortaleceu o dólar nos países emergentes, mas avaliou que o Brasil será menos afetado.

“Obviamente um dólar forte afetará todos os países dos mercados emergentes, mas a minha opinião era de que o Brasil seria menos afetado”, afirmou Campos Neto. “O Brasil não vai ser tão afetado… será afetado, mas em menor grau”, acrescentou.

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No restante da tarde o dólar à vista se reaproximou da estabilidade, até encerrar em leve baixa.

No exterior, às 17h22, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,39%, a 106,870.

No fim da manhã o BC vendeu todos os 15.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025.

(com Reuters)