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O dólar se firmou em baixa no Brasil durante a tarde desta terça-feira, após o governo antecipar um encontro de ministros em Brasília para discutir medidas na área fiscal, em um dia de cautela nos mercados globais com a eleição presidencial nos Estados Unidos.
Mais cedo, a moeda operava com alta em relação ao real, recuperando parte das perdas da sessão anterior, enquanto investidores se posicionam para a eleição presidencial dos Estados Unidos e aguardam o anúncio de medidas de contenção de gastos pelo governo.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,62%, cotado a 5,7472 reais. No ano, porém, a divisa acumula alta de 18,46%.
Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,82%, a 5,7575 reais na venda.
Leia também: Dólar pode seguir se valorizando com juros altos por mais tempo nos EUA?
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,746
- Venda: R$ 5,746
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,853
- Venda: R$ 6,033
O que aconteceu com o dólar hoje?
No início do dia a moeda norte-americana chegou a subir ante o real, para acima de 5,80, se recuperando após o forte recuo da véspera.
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Mas a divisa retornou para perto da estabilidade ainda pela manhã, com investidores de olho nas eleições norte-americanas e em Brasília, onde o governo segue discutindo medidas na área fiscal.
O cenário mudou no início da tarde quando surgiu a informação de que uma reunião na Casa Civil do governo em Brasília, para discutir cortes de gastos, havia sido antecipada das 16h para as 14h10. O encontro reuniu o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, e o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
Embora a Casa Civil tenha informado que não haveria entrevista no fim do encontro, o mercado gostou da antecipação.
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“Houve uma mudança brusca (no dólar) porque a reunião prevista para as 16h foi antecipada”, comentou durante a tarde Lucélia Freitas Aguiar, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.
“Os investidores aguardam com grande expectativa (o anúncio), para verificar onde haverá cortes. Quando surge algo, o pessoal se agarra e isso pega bastante nos preços”, acrescentou.
Assim, após ter atingido a cotação máxima de 5,8061 reais (+0,39%) às 9h33, o dólar à vista marcou a mínima de 5,7415 reais (-0,72%) às 15h16 — quando os ministros seguiam reunidos no Planalto discutindo a contenção de gastos.
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No exterior, o dólar também recuava ante a maior parte das demais divisas no fim da tarde, em meio ao cenário eleitoral ainda nebuloso nos EUA.
As apostas de eventual vitória do republicano Donald Trump sobre a democrata Kamala Harris voltaram a afetar boa parte dos mercados nesta terça-feira, após na véspera a expectativa de vitória dela ter ganhado força a partir de uma pesquisa eleitoral no Estado de Iowa, que mostrou vantagem para a vice-presidente.
Em tese, eventual vitória de Trump seria desfavorável a moedas como o peso mexicano, mas a divisa do México, assim como o real, se fortalecia no fim da tarde ante o dólar.
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Às 17h12, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,48%, a 103,430.
No fim da manhã o BC vendeu 14.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.