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Quatro construtoras divulgaram, na noite de quinta-feira (10), seus dados operacionais referentes ao segundo trimestre de 2025 (2T25), com destaque para a Direcional, cujos resultados foram avaliados como positivos pelo Bradesco BBI.
O banco destacando três pontos principais: (i) geração de caixa de R$ 395 milhões impulsionada pela venda de participação na Riva, que sustentou um dividend yield de 7,5% no trimestre; (ii) leve crescimento de 6% nas vendas, com a velocidade de vendas permanecendo estável em 26%; e (iii) números fortes de lançamentos, que avançaram 19% em relação ao primeiro semestre de 2024, somando R$ 2,2 bilhões.
A equipe do BBI destacou que a companhia vem apresentando desempenho operacional forte e consistente nos últimos trimestres, com crescente probabilidade de pagamento de dividendos entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão. No entanto, ressaltou que a continuidade da geração de caixa dependerá da venda de recebíveis e de uma nova venda de participação na Riva.
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O BBI manteve a recomendação de compra para Direcional, citando a execução de alta qualidade no segmento MCMV (Minha Casa, Minha Vida) e o elevado pagamento de dividendos esperado para 2025. A ação negocia a um múltiplo Preço/Lucro de 7,1 vezes projetado para 2026.
A XP Investimentos também avaliou os dados operacionais da Direcional de forma positiva, impulsionados pela aceleração dos lançamentos e pela manutenção de um nível sólido de VSO, apesar de uma oferta de projetos significativamente maior.
Segundo a XP, o forte desempenho de vendas do Riva e o VSO mais alto em comparação com os projetos de baixa renda da Direcional indicam um patamar robusto de demanda, que poderia ser ainda mais aprimorado pelo aumento da participação de vendas no Faixa 4 do MCMV.
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“Acreditamos que a Riva representa a principal avenida de crescimento da Direcional para lançamentos no curto prazo”, comenta XP. Embora o sólida geração de caixa da Direcional no trimestre sustente o pagamento de dividendos, o mercado provavelmente espera uma geração de caixa operacional mais consistente, que ainda não se materializou no 2T.”
Lavvi (LAVV3)
Os resultados foram considerados sólidos pelo BBI, com destaque para: (i) velocidade de vendas em 12 meses mantida em 55%, 2 pontos percentuais acima do observado um ano antes; (ii) retomada do ritmo de lançamentos após um 1T25 mais fraco; e (iii) cronograma adequado de projetos dentro do landbank, com 15% voltados ao segmento de baixa renda e cerca de 50% voltados ao alto luxo.
O BBI reiterou a recomendação de compra para Lavvi, negociada a um múltiplo P/L de 5,0 vezes estimado para 2025.
A XP Investimentos, por sua vez, vê os dados operacionais do 2T25 da Lavvi de forma positiva, apoiados por fortes lançamentos e sólido VSO em seus grandes projetos, indicando um cenário de demanda saudável.
“Acreditamos que (i) as aquisições aceleradas de terrenos, (ii) os baixos níveis de estoque e (iii) a VSO robusto dos lançamentos sustentarão um ciclo de crescimento nos lançamentos, apoiando o crescimento do lucro”, comenta XP. A corretora manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13,00.
Mitre (MTRE3)
Para o Bradesco BBI, o impacto dos resultados da Mitre foi ligeiramente negativo. Entre os principais pontos, a casa destacou: (i) vendas de R$ 616 milhões no primeiro semestre de 2025, queda de 1% em relação ao mesmo período de 2024, mas com crescimento de 10% ao se desconsiderar lançamentos; (ii) aumento de 7 pontos percentuais na VSO dos últimos 12 meses; (iii) queda de 15% no estoque, agora em R$ 1,6 bilhão, com apenas 7% composto por unidades prontas; e (iv) redução de 30% nos distratos na comparação anual.
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Plano & Plano (PLPL3)
O Bradesco BBI classificou o impacto dos resultados da Plano & Plano como neutro. Entre os destaques, citou: (i) o lançamento do aguardado projeto NID Alphaville no fim do segundo trimestre; (ii) crescimento anual de 20% nas vendas do 1S25 e VSO robusta de 50% nos últimos 12 meses, 6 pontos percentuais acima do registrado um ano antes; e (iii) queima de caixa de R$ 44 milhões, explicada pelo ciclo de construção.
Na visão do BBI, os números de vendas e lançamentos foram sólidos, e a companhia conseguiu manter um bom volume de comercialização mesmo com o lançamento do NID Alphaville. A recomendação de compra foi reiterada, com Plano & Plano sendo negociada a um múltiplo P/L estimado para 2026 de 5,8 vezes.
Já a XP avaliou os dados operacionais do segundo trimestre de 2025 da Plano&Plano como ligeiramente positivos, impulsionados pelos fortes lançamentos do aguardado projeto NID Alphaville.
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A corretora destacou, no entanto, que a queda na VSO trimestral provavelmente foi influenciada pela concentração dos lançamentos no fim do período. A expectativa é de que esse efeito se normalize à medida que as vendas do NID Alphaville avancem.
Apesar de não prever uma reação significativa das ações aos números operacionais, a XP segue otimista com a trajetória de crescimento de lançamentos da Plano & Plano. Segundo a análise, esse ritmo, aliado à sólida demanda pelos projetos da companhia, deve sustentar um forte crescimento dos lucros. A recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo de R$ 18 por ação.

