“Dia D” para Usiminas, esclarecimentos da Petrobras e mais 7 notícias agitam 2ª

Hoje é dia de decisão por uma vaga no Conselho de Administração da Usiminas; Petrobras destacando que não terá data para divulgação de resultado, Oi e Ultrapar também são destaques

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Na volta do feriado de Páscoa, o mercado ficará atento a reuniões de Conselho de Administração e em notícias de blue chips na sessão desta segunda-feira (6). Os mercados se voltarão hoje para a reunião da Usiminas (USIM5), com a votação por uma vaga no Conselho de Administração sendo realizada em AGE (Assembleia Geral Extraordinária) nesta data às 16h (horário de Brasília).

O banco BTG Pactual entrou na quinta-feira oficialmente na disputa por uma vaga no conselho de administração da Usiminas. O banco indicou o nome do executivo Marco Antonio Bologna, ex-presidente da companhia aérea TAM, para uma vaga. O candidato do BTG deverá disputar um assento no conselho com o investidor Lírio Parisotto, indicado pelo fundo L. Par. 

Em comunicado, a Usiminas informou que, até ontem à noite, havia apenas uma indicação para presidência do conselho de administração. O candidato é o advogado Marcelo Gasparino, que já é conselheiro da Usiminas, que permanece no cargo, pois foi eleito em votação separada – ele foi indicado pelo fundo L. Par.

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O grupo que eleger o representante dos minoritários, poderá, na prática, escolher o presidente do conselho da Usiminas, disseram ao Estado fontes próximas a questão. O motivo é que os controladores – a Nippon Steel e a Ternium – estão em meio a um conflito societário que se estende há meses. A decisão, portanto, deve recair sobre os minoritários.

A saída do atual presidente do conselho da Usiminas, Paulo Penido, é dada como certa, uma vez que a sua permanência exigiria consenso entre Nippon e Ternium, algo que parece distante no momento. Ele foi indicado para a recondução ao conselho pela Nippon Steel. 

Abril Educação
A Abril Educação (ABRE11) anunciou em comunicado ao mercado que a Thunnus Participações concluiu, nesta data, a operação de aquisição de controle da Companhia dos antigos controladores – Abrilpar Participações Ltda. e Família Civita – tendo tal operação sido aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE em 12 de março de 2015, com trânsito em julgado do despacho de aprovação em 31 de março de 2015.

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Além disso, a Abril Educação comunicou aos seus acionistas e ao mercado em geral que recebeu a informação da Tarpon Gestora de Recursos S.A, que chegou a 38,23% da participação do capital da companhia.

A empresa informou ao mercado que Giancarlo Francesco Civita, Arnaldo Figueiredo Tibyriçá, Marcelo Vaz Bonini e Eduardo Silveira Mufarej renunciaram aos seus cargos como membros do Conselho de Administração da compania, sendo substituídos por José Carlos Reis de Magalhães Neto – como presidente do Conselho -, Leonardo Almeida Byrro, Vitor Francisco Miguita Paulino, Fahad Abdulla Al-Mana e Fernando Shayer. 

Ainda nesta noite, a Abril Educação informou que recebeu correspondência da Tarpon Gestora, de que atingiu 99.868.271 ações da companhia, representando 38,23% do total das ações em “free float” (em circulação no mercado).

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Petrobras
Em esclarecimento à notícia veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo, a Petrobras (PETR3PETR4) voltou a afirmar nesta quinta-feira (2) que ainda não há uma data para a divulgação de seu balanço trimestral auditado. “A Petrobras trabalha para disponibilizar essas demonstrações o mais breve possível. No entanto, ainda não há data definida para a divulgação”, disse a estatal em comunicado.

Na notícia, a publicação afirmava que “ainda que a Petrobras conseguisse preparar as demonstrações financeiras de 2014 auditadas para entregar nesta terça-feira (31), último dia de acordo com as regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), uma lista com nomes de 35 funcionários provavelmente emperraria a divulgação”.

A Folha ainda destaca que “por determinação do comitê criado para acompanhar o trabalho dos dois escritórios [de advocacia], o balanço só vai ser assinado pela PwC quando foi concluída a investigação sobre eles”.

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Sobre isso, a Petrobras esclareceu que “conforme divulgado em 23/12/2014, a Petrobras criou um Comitê Especial para atuar como interlocutor (“reporting line”) das investigações internas independentes conduzidas pelos escritórios Trench, Rossi e Watanabe e Gibson, Dunn & Crutcher. Este Comitê atua de forma autônoma e possui linha de reporte direta ao Conselho de Administração”.

A estatal ainda reafirmou que está “avaliando o tratamento contábil adequado para os pagamentos indevidos identificados no âmbito das investigações relativas à Operação Lava-Jato para proceder aos ajustes nas demonstrações contábeis do 3º trimestre e do ano de 2014, revisadas pelos auditores”.

A Petrobras ainda informou que a companhia se defenderá em relação às class actions, com advogados dos EUA analisando as alegações. De acordo com a Folha de S. Paulo, após uma onda de ações coletivas de investidores contra a Petrobras na Justiça dos EUA, a estatal brasileira sofre agora com um novo problema: fundos americanos e europeus estão optando por deixar o processo coletivo e entrar com ações individuais contra a empresa.

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Além disso, destaque para outra notícia da Folha, que destaca que o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, quer admitir prejuízo de R$ 10 bilhões em perdas contábeis da Petrobras. O governo avalia que o mercado quer que a Petrobras admita prejuízos de R$ 20 bilhões. 

Via Varejo e Rumo Logística
A Via Varejo (VVAR3) destacou em comunicado que a Squadra aumentou a participação para 5,12% das ações preferenciais, enquanto a Genesis Investment passou a ter 5,53% das ações ordinárias da Rumo Logística (RLOG3). 

A Cosan Logística informou ainda que sua nova estrutura executiva foi aprovada nesta quinta em reunião de seu Conselho de Administração. Sendo assim, o diretor-presidente, Marcos Lutz, o diretor vice-presidente de Finanças, Marcelo Martins, e o diretor de Relações com Investidores, Márcio Yassuhiro deixaram suas atividades na companhia, sendo substituídos por Julio Fontana Neto, José Cezario Menezes de Barros Sobrinho e Marcelo de Souza Scarcela Portela, respectivamente. 

Totvs
A Totvs (TOTS3) informou que sua subsidiária Totvs Ventures Participações celebrou, nesta data, um Memorando de Entendimentos  pelo qual vendeu sua participação minoritária de 20% do capital social da uMov.me Tecnologia S.A pelo montante de R$ 1,6 milhão aos acionistas fundadores da uMov.me, rescindindo todos compromissos de investimentos futuros da TOTVS Ventures estabelecidos quando da aquisição da referida participação na uMov.me.

O término do investimento da Totvs Ventures não encerra a parceria entre Totvs e uMov.me, que continua como uma oferta de soluções de mobilidade para a base de clientes Totvs.

Ultrapar
O incêndio em tanques no porto de Santos que começou na manhã da última quinta-feira deve seguir repercutindo na Ultrapar (UGPA3), controladora da Ultracargo, que é a dona dos tanques.

Com o reforço na equipe do Corpo de Bombeiros, que mobilizou 110 homens e o uso de novos equipamentos, diminuiu no último domingo (5) a extensão do incêndio nos depósitos de álcool e gasolina da empresa Ultracargo, no Terminal da Alemoa, em Santos, litoral paulista. 

A Ultracargo possui seguros para perdas e danos causados por incêndios e explosões de qualquer natureza com valor máximo indenizável de R$ 550 milhões, de acordo com o jornal Valor Econômico.

Paranapanema
Em comunicado na noite de quinta-feira, a Paranapanema (PMAM3) informou ao mercado que, após um mês e meio do incêndio na fundição da linha “Cast & Roll” (tubos sem costura), o processo de laminação de tubos sem costura já retomou o ritmo de 400 toneladas por mês, utilizando fundição alternativa interna e externa para preparação de barras brutas. A companhia ainda acrescentou que foi concluído o cronograma de reparo da primeira linha da fundição, que deverá estar apta a atender 100% da necessidade da planta no início de julho.

De acordo com a Paranapanema, as obras já foram iniciadas e a aquisição dos equipamentos encontra-se em estágio avançado. O custo total dos reparos não deverá ultrapassar R$10 milhões e o processo de regulação do sinistro foi iniciado normalmente com a seguradora da Companhia. A finalização total das obras (duas linhas de fundição operantes) está prevista para agosto de 2015.

Oi
A Oi (OIBR4) teve a perspectiva para seus ratings modificada para negativa pela S&P, uma vez que, de acordo com a agência de risco, “a Oi tem reportado receitas e geração de fluxo de caixa inferiores às nossas expectativas anteriores, resultando em enfraquecimento de suas métricas de crédito”. A agência ainda informa que revisou a perspectiva da empresa de estável para negativa e reafirmou os ratings ‘BB+’ na escala global e ‘brAA+’ na Escala Nacional Brasil.

(Com Agência Estado e Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.