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SÃO PAULO – O Deutsche Bank elevou a recomendação para as ações do Banco do Brasil para compra, ante manutenção, mas manteve o preço-alvo dos papéis em R$ 38,00, mostrou relatório divulgado nesta quinta-feira (15).
A análise assinada por Mario Pierry e Tito Labarta apontou que os fatores considerados para a revisão positiva foram a oferta de ações realizada pelo banco, considerada satisfatória, e um valuation atrativo em comparação aos pares do setor. Os analistas calculam que as ações do Banco do Brasil operam com desconto de 32% sobre os concorrentes, valor tido como excessivo, dada o desconto médio histórico de 25% dos ativos do banco frente os grandes bancos privados do País com ações negociadas em bolsa.
Historicamente, os três fatores que mais colaboraram com o desconto das ações do banco, na leitura do Deutsche Bank, foram a liquidez reduzida das ações, o controle acionário pelo governo e a alta exposição da carteira de crédito do BB ao setor agrícola. Entretanto, os analistas ponderaram que desde 2005, a porcentagem de ações em circulação no mercado (free float) subiu para 30%, ante 7%; a participação do governo no capital do banco reduziu para 57%, frente a 72%; e a exposição da carteira de crédito ao setor agrícola diminuiu para 21%, contra 35%.
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Estimativas e riscos
Apesar de ter mantido as estimativas de crescimento do lucro por ação do Banco do Brasil em dois dígitos para 2010 e 2011 (dado o cenário operacional favorável, o potencial de sinergias com aquisições recentes e a reestruturação das operações de seguro), o Deutsche Bank reduziu um pouco os valores previstos em 7% e 8% respectivamente.
Nesse contexto, os riscos às projeções apontados pelos analistas são a exposição ao setor agrícola, ainda significativa, e a maior de percepção de risco político com a aproximação das eleições presidenciais.
