Decisão do Copom, PIB dos EUA e temporada de resultados: o que acompanhar na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após começar de forma mais contida, a temporada de resultados do terceiro trimestre ganha força na próxima semana e deve ser o grande driver do mercado, enquanto no exterior, os investidores seguirão atentos a um possível pacote de estímulos nos Estados Unidos e para as eleições americanas.

Por aqui, serão pelo menos trinta balanços apresentados entre 26 e 30 de outubro, com destaque especial para a quarta-feira após o fechamento do mercado, quando Petrobras (PETR3; PETR4), Vale (VALE3) e Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentam seus números.

Na semana, atenção ainda para os balanços de empresas como Cielo (CIEL3), Ambev (ABEV3), Santander (SANB11), B2W (BTOW3), entre outras.

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E combinado a isso, o dia 28 se torna uma “super quarta” já que juntos com os resultados também sai a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A maior parte do mercado espera que o Banco Central mantenha a taxa Selic em 2%, mas com provável mudança no comunicado.

Apesar da maior preocupação com a inflação, analistas apontam que o cenário se manteve muito parecido desde a última reunião, com grande expectativa sobre decisões de âmbito fiscal e do teto de gastos. Diante disso, o BC deve incluir estas preocupações no comunicado.

Ainda no Brasil, uma bateria importante de indicadores deve agitar a segunda metade da semana. Na quinta-feira (29) sai o IGP-M, que tem sido bastante acompanhado diante do cenário complicado de inflação no País. Já no dia seguinte saem os números de desemprego do Caged.

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Agenda externa

Já no exterior, os americanos seguem atentos à última semana de campanha antes da eleição, que ocorre dia 3 de novembro, com as pesquisas mostrando ainda larga vantagem do democrata Joe Biden sobre o atual presidente Donald Trump.

Enquanto isso, segue no Congresso a discussão sobre um novo estímulo econômico, que está travado sem um acordo entre democratas e republicanos sobre abrangência e tamanho do pacote. Se os políticos não conseguirem anunciar nada na semana, provavelmente o estímulo será adiado por conta das eleições, que deverá dominar o debate nas semanas seguintes.

No calendário de indicadores, destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, com projeção medida pela Reuters de alta de 32,5% da economia americana no terceiro trimestre, ante uma queda de 31,4% no período anterior. Vale destacar que lá o dado é calculado de forma anualizada e por conta da pandemia tem mostrado estas variações mais altas.

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Outro dado importante será o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), o principal número de inflação acompanhado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Ainda no exterior, logo na segunda-feira (26), a China apresenta os dados da indústria, enquanto na quinta serão divulgados os números de sentimento da economia, indústria e serviço na zona do euro.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.