De 2ª de euforia à derrocada de 3 dias: entenda a semana com Petrobras e bancos

Após disparar ações das estatais dispararem 10% na segunda-feira, apreensão com mercado trouxe temor ao mercado; sexta-feira ações tiveram dia de alívio na Bolsa

Paula Barra

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SÃO PAULO – Mais uma semana foi marcada por forte volatilidade na Bolsa com apenas mais 9 dias para o segundo turno das eleições, enquanto o cenário externo voltou ao holofote em meio à uma onda de aversão ao risco que varreu os mercados quarta e quinta-feira. Com isso, o Ibovespa, que chegou a disparar 4,78% na segunda, encerrou a semana com alta de 0,75%, a 55.724 pontos.

Juntamente, Petrobras e bancos, que vêm sendo os protagonistas do movimento do índice, chegaram a subir mais de 7% na segunda, com o mercado refletindo o apoio de Marina Silva à Aécio Neves – anunciado no domingo – e uma pesquisa Sensus que apontava o tucano com uma vantagem de 17,6 pontos de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno. Somente Petrobras (PETR3; PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3) saltaram mais de 10% naquele pregão. 

Toda a euforia, no entanto, foi apagada nos dias seguintes diante da forte queda dos mercados externos diante de uma preocupação com a economia global. Em três dias, os papéis preferenciais da petrolífera caíram 15,5%, enquanto os do banco recuaram 9%. O dia de “alívio” veio hoje, com as Bolsas do exterior se recuperando e mais uma pesquisa eleitoral no radar. O mesmo instituto Sensus divulgou minutos antes do fechamento do pregão desta sexta-feira pesquisa que mostra Aécio com 56,4% dos votos válidos, contra 43,6% de Dilma Rousseff. Em instantes, o levantamento foi sentido na Bolsa: o Ibovespa disparou 600 pontos em apenas 15 minutos, enquanto Petrobras e BB subiram 2,6% e 0,8% no mesmo período.

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Diante do dia positivo nesta sexta, as ações Petrobras amenizaram parte das perdas, assim como as do BB. Na semana, os papéis ONs e PNs da estatal caíram 3,66% e 4,65%, respectivamente, a R$ 18,18 e R$ 19,09, enquanto os do BB subiram 5,93%, a R$ 31,99, figurando como a segunda maior alta do Ibovespa.  

Assim como a Petrobras e BB, as demais ações do “kit eleições” tiveram semana bastante volátil. Eletrobras (ELET3, R$ 6,99, +3,71%; ELET6, R$ 10,40, +5,91%), Bradesco (BBDC3, R$ 36,63, +2,26%; BBDC4, R$ 37,60, +3,87%) e Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 36,70, +3,88%), que dispararam mais de 7% na segunda, perderam força e encerraram a semana entre ganhos e perdas.  

Telecoms
Fora o cenário eleitoral, ganhou destaque na Bolsa novamente nesta semana notícias sobre as telecoms. Na terça-feira, o presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, disse que não tem
planos de comprar a Oi (OIBR4) porque atualmente a companhia passa por processo de crescimento orgânico. Patuano disse que o mercado brasileiro necessita de recursos e que o plano de investimentos da empresa para o próximo ano deve aumentar. A Telecom Italia é dona da TIM (TIMP3) no Brasil. 

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No período, as ações da TIM subiram 5,19%, a R$ 11,75, figurando como a quinta maior alta do Ibovespa. Por outro lado, os papéis da Oi caíram 7,04%, a R$ 1,25.