Conteúdo editorial apoiado por

Dasa (DASA3) dispara após afirmar que união com Amil estaria em linha com estratégia

Possível combinação de negócios estaria em linha com as iniciativas operacionais e estratégicas anunciadas no aporte de R$ 1,5 bilhão da família controladora.

Felipe Moreira

Publicidade

Os papéis da Dasa (DASA3) voltaram a subir forte na sessão desta sexta-feira, após disparada de 13,69% na véspera, com a companhia de medicina diagnóstica prestando esclarecimentos sobre potencial transação com a Amil. As ações da empresa encerraram cotadas a R$ 4,27, representando uma alta de 11,78%.

A Dasa afirmou hoje que uma possível combinação de negócios com a Amil estaria em linha com as iniciativas operacionais e estratégicas anunciadas no aporte de R$ 1,5 bilhão da família controladora.

De acordo com comunicado, qualquer operação cuja implementação resulte na redução da dívida líquida em, pelo menos, R$ 2,5 bilhões, dispara o critério de fixação de preço de ações a serem emitidas no aumento de capital, para evitar assimetria de informações.

Continua depois da publicidade

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos

A companhia ainda disse que não garantias que tais iniciativas serão implementadas.

O movimento de ontem foi impulsionado pela notícia do Valor Econômico de que a Amil propôs fusão de hospitais com a Dasa. A conversa entre as empresas teve “caráter informal”, de acordo com a reportagem, que citou fontes.

Continua depois da publicidade

De acordo com a reportagem, cada empresa tem cerca de 12 hospitais de marcas reconhecidas como Nove de Julho, Samaritano, Pró-Cardíaco, Santa Paula, Leforte, entre outras, com unidades distribuídas em diferentes regiões do país.

A ideia, segundo as fontes, partiu da Amil e agora a proposta está na mesa da Dasa, que busca caminhos para melhorar sua eficiência operacional e reduzir o endividamento. Na semana passada, a família Bueno, controladora da Dasa, fez um aporte de R$ 1,5 bilhão para o caixa da companhia. Essa transação está atrelada a um aumento de capital e venda de um ativo de R$ 2,5 bilhão, no mínimo, até o fim do ano. A companhia está em negociações para venda de uma fatia minoritária do negócio de medicina diagnóstica com um grupo estrangeiro que atua no mesmo setor.

O Itaú BBA ressalta que o potencial acordo discutido na reportagem envolveria a fusão de dois importantes players do setor. A Amil possui cerca de três milhões de beneficiários de saúde e ativos hospitalares nas principais regiões do país, enquanto a Dasa possui a segunda maior rede de diagnósticos e opera uma grande rede de hospitais de primeira linha em regiões como São Paulo e Rio de Janeiro.

Continua depois da publicidade

Ao falar especificamente sobre a Dasa, o Morgan Stanley apontou que a atual alta alavancagem da Dasa dificilmente será resolvida a partir da geração orgânica de caixa; portanto, qualquer evento que pudesse reduzir materialmente a dívida seria bem-vindo. “A reportagem contém poucos detalhes sobre qualquer estrutura de negócio potencial, mas observamos que as atuais condições do mercado de saúde (juros elevados e disponibilidade limitada de caixa) poderiam diminuir as chances de troca de dinheiro caso algum negócio ocorresse”, avalia o banco. Outras estruturas hipotéticas poderiam ser a injeção de dinheiro numa potencial NewCo (nova companhia) ou na própria Dasa. Em termos de competitividade, uma potencial fusão poderia trazer sinergias e poder de negociação, avalia o banco americano, ressaltando que o momento tem sido desfavorável aos prestadores de saúde, sofrendo pressões em capital de giro, credenciamentos e glosas.